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No Dia Mundial do Dentista, especialista orienta como escolher o profissional e a clínica ideais

2 de outubro de 2015

Na mesma nau de Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500, aportaram em terras tupiniquins os primeiros dentistas da época, conhecidos como barbeiros e sangradores. Com essa nomenclatura, fica fácil de entender como começo o motivo de tanto medo e desconforto gerado quando pensamos em ir ao consultório dental.

A partir de 1782, uma lei obrigava os barbeiros que queriam cuidar de dentes a tirar uma licença especial conferida pelo “cirurgião-mor”. Foi essa lei que licenciou Tiradentes, o mais conhecido de nossos práticos da Odontologia. Apesar de ter ficado mais famoso por sua atuação política, nosso mártir da Inconfidência Mineira era considerado um bom dentista. Só em 1884 que surgiram as primeiras faculdades de Odontologia no Rio de Janeiro e na Bahia, mas os cuidados com os dentes dos brasileiros ainda eram bastante precários.

De lá pra cá, a Odontologia evoluiu, passou por várias mudanças e aperfeiçoou as técnicas, sempre buscando a melhor forma de tratar os pacientes. Mesmo com toda essa evolução, ainda é muito comum adiar a consulta por medo ou só procura-lo em casos de extrema dor ou ainda para resolver algum problema estético. “A importância de ir periodicamente ao dentista é evitar doenças bucais, tanto as mais simples quanto as lesões mais graves que começam na boca e podem prejudicar a saúde geral”, explicou a dentista e proprietária do Atelier do Sorriso São Rafael, Taís Cristina da Rosa.

Ela orienta que, apesar de aparentarmos maior despreocupação, as consultas de manutenção ou revisão precisam ser feitas regularmente. Ela ainda explica que doenças da boca podem levar bactérias para o organismo, contribuindo com outras complicações como por exemplo, no caso de gestantes, em que a saúde bucal adequada evita o parto prematuro. “Pessoas com diabetes ou doenças sistêmicas precisam de uma frequência ainda maior porque não podem ter nenhum tipo de infecção. Para população em geral, é indicado que as avaliações preventivas sejam feitas pelo menos de seis em seis meses”, indica Taís.

O tratamento odontológico é um serviço personalizado e requer um bom relacionamento entre o dentista e o paciente, além de amplo conhecimento do profissional sobre as atualidades da saúde bucal. Neste 3 de outubro, comemorado o Dia Mundial do Dentista, Taís dá mais dicas sobre como escolher um bom profissional, e um bom ambiente.

Consultas – Os dentes precisam de muita atenção e um check-up periódico não deixa que os problemas se avolumem. Se tudo estiver bem com a saúde oral, a visita ao consultório do dentista só precisa ser feita duas vezes por ano.

A escolha do dentista –  A Associação Dental Americana (ADA) sugere que os seguintes fatores sejam considerados na hora de escolher um profissional: conveniência de horário e local do consultório, eficiência dos funcionários e higiene do consultório, clareza das instruções dadas pelo dentista sobre procedimentos recomendados e provisões do dentista para emergências em horários fora do expediente. Além de transmitir confiança ao paciente, o dentista precisa ser qualificado e ter registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO). “Caso precise procurar um novo dentista, o ideal é pedir indicações de familiares, amigos e colegas de trabalho que aprovaram o tratamento”. Uma referência dada por uma pessoa de confiança é sempre um ponto de partida para quem precisa escolher um dentista.

Especialidades – A Odontologia apresenta cada vez mais a necessidade de oferecer serviços especializados para que seja feita a promoção e recuperação da saúde. Assim como na Medicina, as especialidades da odontologia variam de acordo com a faixa etária do paciente, com problemas específicos e área de trabalho. A função de cada uma delas é a atuação aprofundada em uma área específica do conhecimento e que, pela complexidade ou especificidade, foge ao alcance do clínico geral. Mesmo que o dentista clínico e o especialista sejam capacitados a fazer diagnósticos e tratamentos, Taís sugere que o paciente sempre procure especialistas. “O paciente pode ir  em um clínico geral para verificar a saúde da boca e fazer os acompanhamentos semestrais, mas caso seja diagnosticado algum tipo de tratamento específico, é ideal que ele vá para um especialista”, alerta. Para ela, o ideal é que as áreas se comuniquem e trabalhem em conjunto. “Por isso é interessante optar por um clínica que tenha vários profissionais que se conversam ou o dentista tenha contato quando encaminha para uma área diferente da sua para discutirem o caso, pensando sempre no melhor para o paciente”, reforça.

Novas técnicas – A capacitação constante do dentista é importante, já que a tecnologia está cada vez mais avançada nesta área, e os pacientes, cada vez mais bem informados sobre os procedimentos. Uma solução para quem tem fobia de ir ao dentista e teme pelo incômodo da anestesia, por exemplo, já pode ser encontrada no mercado. O Morpheus, a moderna técnica de anestesia computadorizada, é totalmente indolor e também elimina o efeito de dormência em áreas como bochechas, língua e lábios, além de outros benefícios. Alguns tipo de sedação, como óxido nitroso, medicamentos para ansiedade , sedação intravenosa ou até mesmo anestesia geral feita em ambiente hospitalar são alguns  métodos para combater a ansiedade e o medo do dentista. Na Paraíba, essas técnicas diferenciadas podem ser encontradas no Atelier do Sorriso São Rafael. 

Ambiente –  Um ambiente calmo, confortável e convidativo de um consultório pode ajudar a dissipar qualquer ansiedade ou stress associados às consultas. É importante observar tudo na clínica, desde as condições de higiene até a qualidade dos equipamentos para que o consultório seja agradável e que você se sinta bem.  “O ambiente com certeza faz parte da escolha porque tem que estar sempre limpo e higienizado. Existe toda uma biossegurança que não é fácil de manter e o consultório tem que seguir as normas da vigilância”, aponta Taís.

Flexibilidade – A disponibilidade em situações de emergência é um fator de peso quando se trata de escolher o dentista certo. Algumas clínicas, como o Atelier do Sorriso São Rafael, têm tido a preocupação em satisfazer a necessidade do paciente no que diz respeito aos horários. “Nós já ajustamos os horários porque percebemos a necessidade dos pacientes após às 18h. Hoje, a clínica funciona até às 20h, que é quando o paciente pode sair do trabalho e ir até o consultório. Fora isso, os pacientes têm os nossos celulares se precisarem e, em uma urgência, fora desse horário, com certeza terão atendimento, pois os dentistas estão sempre à disposição”, detalha Taís.