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Paraíba tem cemitério de navios naufragados que podem ser vistos pelos turistas

17 de março de 2016

Se os turistas encontram belezas inesquecíveis no litoral paraibano, há ainda roteiros que intrigam a imaginação de todos. No litoral paraibano está registrado um cemitério de navios. Isso mesmo. Mergulhadores especializados e documentos da Marinha Brasileira registrados a partir do Século XVI apontam que sinistros incluem um rol de brigues ingleses, escunas e caravelas portuguesas e espanholas, navios americanos e de outras nacionalidades, que adernaram para sempre nas praias tabajaras.

Registros sobre os locais dos sinistros marinhos: 

Jacumã

Nessa praia do Litoral Sul, em profundidades que variam de 10 a 45 metros , estão afundados a escuna Jessé, de bandeira portuguesa (1574); as embarcações francesas Pierre (1582), Jumeau (1708), Chargeur D Flote (1712), o Piegge e o Marie II (1722), além dos navios americanos Shorting Star (1856) e Transit (1871). Em 1866 naufragou alí o navio inglês Queen Of The Forthe. Em outras praias próximas, existem cascos que jazem sob a água há mais de 100 anos. 

Tambaú

A nove quilômetros da costa, e em profundidades que variam de 10 a 35 metros , estão naufragados os navios Ship Eriê, de bandeira americana (1873), o inglês Alice (1911) e o espanhol Alvarenga (1926). O Eriê, que naufragou após a ocorrência de um incêndio em suas máquinas, até a década de 1980 era conhecido como o “Queimado”. Na Praia do Poço, em Cabedelo, estão o vapor Santa Clara (1865) e o iate Laura (1874). 

Cabedelo

Na Enseada de Cabedelo naufragaram o iate português João Luiz (1674), a galera francesa Eduard (Século XIX) o vapor Non Pareil (1852), os vapores brasileiros Grão Pará (1909), Alegrette (1911) e Rodrigues Alves (1924). Na Ilha da Restinga descansam o brigue holandês Schuppe (1634), o vapor inglês Psybe (1852) e o iate norueguês Alert (1893). Na Praia de Fagundes, em Lucena, estão o vapor brasileiro Natal (1903) e o navio italiano Vanadouro (1911). A barca italiana Antonietti está encalhada em um banco de areia da Ilha de Tiriri desde 1873. 

Lucena

Localizada no Litoral Norte, a turística Lucena abriga em suas águas a barca inglesa Anne Power (1868) e o vapor americano Said Bin Sultan (1871), conhecido até a década de 1990 como “Vanuária”, uma menção à mulher que morreu afogada ao tentar resgatar peças nos destroços. Mais à frente, na Barra de Mamanguape, as águas tragaram o brigue brasileiro Simpatia (1916). Em Baía da Traição é visto sob águas claras o navio brasileiro Elias.