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Faculdade tradicional pode ter data de validade, diz estudo

5 de abril de 2016

Conseguir uma boa nota no Enem, inscrever-se no vestibular, estudar, prestar a prova mais temida da vida de muitos, comemorar e matricular-se. Esse é o caminho para a vida universitária, que ainda é um sonho para muitos brasileiros, mas pode ter seus padrões severamente alterados.

Segundo o estudo encomendado pela Ilumno, organização líder em gestão e serviços para o ensino superior privado na América Latina, à Hoper Educação, consultoria especializada no segmento, o aumento do EAD e de modalidades híbridas, com aulas presenciais e a distância com suporte tecnológico, é a mais acentuada.

Isso não significa transferir a realidade da sala de aula para um app ou ambiente digital. São consequências de uma mudança gradativa de comportamento e necessidades dos estudantes, de formato, conteúdo e prioridades.

A pesquisa encomendada pela Ilumno considera a educação focada na aprendizagem, e não apenas no ensino, como outra mudança fundamental, com orientação para a solução de problemas, desenvolvimento de competências e organização do conhecimento não por área do conhecimento, mas pela sua aplicação.

A relação com o docente também muda, com a descentralização da informação e distribuição fluida do conhecimento, que é muito mais compartilhado do que oferecido. Isso se deve, também, a uma mudança fundamental no perfil do universitário brasileiro, que deixa de ser o recém saído da escola e passa pelo processo de transição para a vida adulta na universidade.

“Na graduação presencial, o perfil é composto por basicamente dois tipos de alunos: cerca de 40% deles ingressaram direto no ensino superior, são pessoas que ainda não trabalharam e estão se preparando para uma profissão. Os 60% restantes já estão no mercado de trabalho e querem melhorar sua qualificação. Já na educação a distância, a maior parte do público é composta por pessoas de 25 a 35 anos, que ou querem melhorar sua qualificação ou buscam por formas mais flexíveis de graduação”, explica Arlindo Cardarett Vianna, presidente da Ilumno no Brasil e reitor da Universidade Veiga de Almeida – UVA, do Rio de Janeiro.

Transcender a replicação do modelo escolar no ensino superior é necessário em um panorama de profissionais que escolhem a graduação não como uma obrigação, mas como ferramenta de profissionalização e aperfeiçoamento.