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Desemprego cresce para 10,9% e atinge 11 milhões de pessoas

29 de abril de 2016

A taxa de desocupação atingiu 10,9% no trimestre móvel encerrado em março último, resultado 1,9 ponto percentual acima da taxa de 9% do trimestre fechado em dezembro de 2015 e 3 pontos percentuais a mais que no mesmo trimestre de 2015, quando o desemprego estava em 7,9%. Esta é a maior taxa de desemprego da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada chegou a 11,1 milhões de pessoas, aumentando 22,2% (2 milhões de pessoas), em relação ao número de desempregados do período imediatamente anterior (outubro a dezembro de 2015).

No confronto com igual trimestre do ano passado, o número de desemprego subiu 39,8%, o que significa um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas.

Os dados do IBGE indicam que, no trimestre encerrado em março último, a população ocupada do país estava em 90,6 milhões de pessoas, apresentando uma redução de 1,7%, quando comparada com o trimestre de outubro a dezembro de 2015. Em comparação com igual trimestre do ano passado, houve queda de 1,5% na população ocupada, representando menos 1,4 milhão de pessoas.

Carteira Assinada

Em um ano, 1,4 milhão de pessoas deixaram de integrar o contingente de trabalhadores com carteira de trabalha assinada no setor privado, que fechou o trimestre encerrado em março último em 34,6 milhões de trabalhadores.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua divulgada pelo IBGE. O número de empregados com carteira assinada apresentou queda em ambos os períodos de comparação.

Frente ao trimestre de outubro a dezembro do ano passado, a queda foi de 2,2%, e na comparação com igual trimestre do ano passado (janeiro/março), a redução foi de 4%.

Em contrapartida, a categoria das pessoas que trabalharam por conta própria registrou aumento de 1,2% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, o que significou incremento de 274 mil pessoas.

Na comparação com o trimestre de janeiro a março de 2015, houve aumento de 6,5% no número dos que trabalhavam por conta própria, o que representou um acréscimo de 1,4 milhão de pessoas.

Já a participação dos empregadores apresentou redução de 5,8% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 e, de 8,6% em relação ao trimestre de janeiro a março de 2015.

Por grupamentos de atividade, o contingente de ocupados caiu 5,2% na indústria em geral no trimestre encerrado em março, em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, menos 645 mil pessoas empregadas no parque fabril do país.

A queda foi de 4,8% na construção (-380 mil pessoas); de menos 1,9% na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (o equivalente a menos 299 mil pessoas); e de 1,6% no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-280 mil pessoas).

Rendimento médio

Os dados divulgados pelo IBGE indicam, ainda, que o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos fechou março em R$ 1.966, permanecendo estável frente a R$ 1.961 relativos ao trimestre de outubro a dezembro de 2015. Com relação ao mesmo trimestre do ano passado, o rendimento médio real habitual caiu 3,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando era de R$ 2.031.

Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2015, apenas os trabalhadores domésticos apresentaram aumento no rendimento médio (2,3%). Em relação ao trimestre de janeiro a março de 2015, na categoria dos trabalhadores por conta própria, houve redução de 3,9% no rendimento médio.

Por grupamento de atividade, ainda em relação ao trimestre outubro a dezembro de 2015, houve retração de 4% na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e alta de 2,3% no grupamento dos serviços domésticos.

Frente ao trimestre janeiro a março de 2015, a retração foi ainda maior: de 8% nos rendimentos da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, e de 5,5% no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.

Segundo o IBGE, os R$ 173,5 bilhões relativos a massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos ficaram estáveis em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, mas teve queda de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.