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Dólar sobe no início dos negócios em dia de baixa liquidez

27 de maio de 2016

O dólar avançava 1% e superava os R$ 3,60 nesta sexta-feira (27), com investidores adotando cautela em meio ao noticiário político intenso no Brasil e em sessão marcada por baixo volume de negócios na emenda do feriado de Corpus Christi.

Às 10h12, o dólar avançava 1,03%, a R$ 3,6210 na venda. A moeda norte-americana havia subido 0,61% na quarta-feira e voltado a encostar em R$ 3,60, o maior patamar em mais de um mês e meio.

O dólar futuro subia cerca de 1%.

“O mercado está muito esvaziado hoje e continua bastante preocupado com a política”, resumiu o operador da corretora B&T Marcos Trabbold, ressaltando que o giro financeiro baixo tende a acentuar o impacto sobre as cotações.

Figuras importantes ligadas ao governo do presidente interino Michel Temer têm sido golpeadas por trechos de gravações divulgadas pela imprensa que já resultaram na queda do ex-ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Investidores temem que isso enfraqueça a capacidade do governo de aprovar medidas de austeridade fiscal no Congresso Nacional e afete a credibilidade do país junto a investidores estrangeiros.

No cenário externo, agentes financeiros aguardavam participação da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, em evento nos Estados Unidos às 14:15 (horário de Brasília).

Operadores buscarão pistas sobre quando o banco central norte-americano pretende elevar os juros, possivelmente atraindo para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil.

“Após longo período sem falas oficiais, Yellen pode corroborar o tom mais “duro” que dirigentes do Fed têm adotado nas últimas semanas: a próxima elevação de juros pode estar mais próxima do que muitos esperam”, escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em relatório.

Mais cedo, foi divulgado que o crescimento econômico dos EUA desacelerou no primeiro trimestre, embora não tanto quando inicialmente esperado. O dado ficou marginalmente abaixo do que as expectativas de analistas.

O volume de negócios nos mercados globais também era limitado porque os mercados norte-americanos não abrirão na segunda-feira devido ao feriado do “Memorial Day”.

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão, mantendo-se ausente do mercado pela sexta sessão consecutiva.