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Ciência aponta o máximo de horas que você pode trabalhar

30 de maio de 2016

Num mundo fascinado pelo trabalho, ostentar uma carga horária exagerada pode até funcionar como símbolo de status para alguns executivos.

Porém, por mais que o excesso pareça inevitável para donos de negócios ou profissionais de certas áreas, o fato é que a duração do expediente não deveria ultrapassar certos limites razoáveis.

Em muitos casos,  o problema está na administração do tempo. Delegar tarefas, aprender a dizer “não” e nunca sair do escritório sem programar o dia seguinte, por exemplo, são algumas atitudes que ajudam a ter uma jornada mais enxuta e produtiva.

Parece uma preocupação para os fracos? O site da revista Inc. fez uma compilação de recentes descobertas da ciência sobre a relação entre número de horas trabalhadas e diversos problemas de saúde nos Estados Unidos.

A conclusão dos estudos é a de que, idealmente, o máximo de tempo que você deve trabalhar corresponde a 40 horas semanais. Exceder esse limite com frequência pode acarretar diversos problemas físicos e mentais para o profissional, além de minar a sua produtividade.

Veja alguns dos riscos destacados pela Inc. com base num estudo da escola de medicina da Universidade de Massachusetts, numa pesquisa da consultoria de recursos humanos Circadian e num relatório do U.S. Department of Health and Human Services:

1. Pessoas que trabalham mais do que 8 horas por dia, em média, têm mais propensão ao consumo de álcool e tabaco, segundo os estudos. A duração prolongada do expediente também está associada a uma maior incidência de obesidade em homens e de depressão em mulheres.

2. Cumprir jornadas superiores a 10 horas resulta num salto de 60% na ocorrência de problemas cardiovasculares.

3. Cerca de 10% dos profissionais que trabalham de 50 a 60 horas semanais relatam ter problemas de relacionamento interpessoal. A taxa sobe para 30% quando o expediente ultrapassa 60 horas.

4. A probabilidade de se machucar é diretamente proporcional à duração das jornadas. Após a 8ª ou 9ª hora seguida de trabalho, registram-se picos no número de acidentes ocupacionais.

5. Apenas 23% das empresas com horários normais têm índice de faltas ao trabalho acima de 9%. Já entre aquelas com grande carga de horas extras, 54% registram absenteísmo de funcionários acima desse limite.

6. Acumular mais de 11 horas extras por semana está associado a um aumento na incidência de depressão.

7. Entre profissionais de nível executivo, a produtividade cai cerca de 25% quando o expediente semanal ultrapassa 60 horas. Em indústrias, um aumento de 10% no número de horas extras corresponde a uma queda de 2,4% na produtividade.