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Economia brasileira dá sinais de dias melhores

27 de junho de 2016

A maioria dos indicadores de confiança da indústria, comércio, consumidores e outros segmentos aponta para dias melhores, o que pode indicar que o Brasil já bateu no fundo do poço e a tendência agora é começar a sair dele. A expectativa é de que, após a efetivação de Michel Temer e sua equipe econômica no governo, o País “comece a sair do buraco e parta para a retomada mais consistente”, avalia o economista Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados.

A consultoria MB revisou de 0,6% para 2% a projeção de crescimento do PIB de 2017.

Para este ano, a queda antes prevista em 4,1% baixou para 3,3%. “O último trimestre já deve ter uma virada leve, mas levará o próximo ano a abrir com crescimento”, prevê o economista. Em 2018, diz, a fase de crescimento será mais sustentável, “dependendo de quem for eleito (como presidente)”.Mendonça de Barros aponta como fatores importantes o crescimento do setor agropecuário, das exportações e a queda futura da inflação e dos juros. “Os bancos devem ficar mais flexíveis em prazos, o que dará certo estímulo aos consumidores de bens duráveis. Muita gente que postergou compras por causa da falta de confiança deve voltar ao mercado”.

Neste mês, o índice da Fecomércio-SP que mede a confiança do consumidor atingiu 98 pontos. Ainda é baixo, levando-se em conta que zero significa pessimismo total e 200 pontos otimismo total, mas é a primeira elevação em 40 meses na comparação anual.Para o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, a alteração no cenário político teve força grande na mudança de humor dos empresários e do mercado. 

Segundo ele, sabia-se que o novo governo voltaria a adotar o tripé macroeconômico (câmbio flutuante, responsabilidade com as contas públicas e sistema de metas de inflação). Com essa visão, o Fibra foi o primeiro a mudar a expectativa de crescimento do PIB de 2017 de 1% para 2,1% – a melhor projeção até agora.