Temer corta programa de regionalização da aviação e exclui aeroporto da Paraíba
25 de agosto de 2016
O governo do presidente interino, Michel Temer, decidiu cortar drasticamente o programa de investimentos federais em aviação regional lançado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, reduzindo de 270 para 53 o número de aeroportos que passarão por obras de ampliação a partir do próximo ano. Na Paraíba dos três aeroportos que estavam no programa, o de Monteiro foi excluído e permaneceram os de Campina Grande e o de Patos.
Do Nordeste, incluindo os da Paraíba, foram mantidos 17 aeródromos. “Chegamos à conclusão de que não seriam necessários 270 aeroportos para iniciar um programa realista que atenda aos Estados, à demanda e às empresas”, disse à Folha o ministro de Transportes, Aviação Civil e Portos, Maurício Quintella Lessa.
O plano de desenvolvimento da aviação regional foi lançado no fim de 2012 pelo governo petista. A presidente Dilma chegou a avaliar a possibilidade de fazer investimentos em cerca de 800 pequenos e médios aeroportos, mas acabou reduzindo a lista inicial para 270 unidades.
O investimento estimado na época era de R$ 7,3 bilhões, mas quase nada saiu do papel nestes quatro anos. Segundo Quintella, a nova lista é “bem mais realista” e adequada à situação financeira do governo federal. Serão necessários R$ 2,4 bilhões para os investimentos previstos nos 53 aeroportos até 2020. Quintella diz ter assegurado, até o momento, metade desse dinheiro, o que que representará desembolso anual de R$ 300 milhões.
Aeroportos inseridos
Paraíba – Campina Grande e Patos
Bahia – Barreiras, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas
Piauí – Picos e Bom Jesus
Maranhão – Balsas, Imperatriz e Barreirinha
Ceará – Jejoca de Jericoacoara Aracati e Juazeiro do Norte
Rio Grande do Norte – Mossoró
Alagoas – Maragogi
Pernambuco – Fernando de Noronha e Serra Talhada Redação com Agências