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Brasil quer ampliar para 10% participação no mercado agrícola mundial

27 de setembro de 2016

Durante 25 dias em missão oficial por sete países da Ásia, uma delegação do Brasil, comandada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, com a participação de empresários, negociou a ampliação de comércio e a venda de produtos brasileiros como carnes, lácteos e grãos. A missão, com representantes do governo e de empresas do agronegócio brasileiro, esteve no Vietnã, Malásia, Índia, Coreia do Sul, China, Myamar e Tailândia.

O ministro destacou nesta terça-feira (27), em Brasília, que Ásia foi o destino escolhido por concentrar 51% da população mundial e afirmou que a região tem alto potencial de crescimento e consumo. Ele disse, ainda, que, com ações comerciais como a realizada nos países asiáticos, o Brasil busca atingir a meta de ampliar de 7% para 10% a participação no mercado agrícola mundial nos próximos cinco anos.

Entre os principais resultados da viagem aos países asiáticos está a negociação com o Vietnã para a reabertura de mercado para as carnes suína, bovina e de frango. Técnicos do Vietnã virão ao Brasil para inspecionar frigoríficos. Houve também negociação com o país para a venda de produtos lácteos brasileiros.

Na Malásia, avançaram as negociações para maior abertura para a carne de aves do Brasil. O país vai enviar técnicos para inspecionar frigoríficos brasileiros e também para discutir a exportação de bovinos vivos.

Durante a passagem da missão pela Índia, a empresa indiana UPL anunciou que vai construir no Brasil uma fábrica para síntese de ingredientes ativos agroquímicos, com investimento de R$ 1 bilhão. O local onde a fábrica será instalada ainda não está definido.

Negócios podem render entre US$ 1,5 bi e US$ 2 bi

Segundo o ministro da Agricultura, os negócios previstos entre empresários brasileiros e asiáticos durante a missão têm o potencial de render entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões. “Os números são difíceis de mensurar, mas podemos dizer que conseguimos amarrar entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões em negócios. Agora, se isso vai se concretizar, é outra história. Os governos criam o ambiente, mas quem firma os contratos é a iniciativa privada”, disse.

O ministro afirmou que governo brasileiro apresentou aos representantes dos sete países o potencial brasileiro de produção e ressaltou a clareza das regras fitossanitárias seguidas para a exportação de alimentos. Maggi relatou ter destacado que o Brasil é um país que produz com responsabilidade ambiental e agricultura sustentável, defendendo que esse diferencial deve agregar valor à produção brasileira.

“Temos mostrado que o Brasil tem um ativo social e ambiental que poucos países têm no mundo. Cada vez que alguém compra um produto brasileiro, ele está comprando muito mais que um produto, está comprando um pacote ambiental e social que o Brasil tem”, finalizou o ministro.