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Preços dos produtos mais consumidos na Páscoa subiram 0,36%, aponta FGV

12 de abril de 2017

De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), os preços dos produtos mais consumidos na Páscoa tiveram alta de 0,36% se comparado ao ano passado. Contudo, o percentual foi considerado abaixo da inflação acumulada entre abril de 2016 e março deste ano, de 4,55.

Para economista da FGV é importante que os consumidores pesquisem antes de fazer as compras para a Páscoa

Entre os itens mais comuns para as comemorações deste período, a pesquisa da FGV evidenciou os pescados frescos como os produtos com maior elevação nos preços, com 15,89%. Em seguida, estão o vinho, com 9,96% e o bacalhau, com 5,73%. Vale ressaltar que a pesquisa não incluiu os ovos de Páscoa.

Comparação

De acordo com o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do instituto, André Braz, o aumento registrado em 2017 foi menor do que o apresentado na data sazonal do ano passado em relação a 2015. “Houve uma aceleração dos preços, mas em magnitude muito menor da registrada no ano passado. Em 2016, a cesta subiu em torno de 15% e os produtos de Páscoa esse ano subiram 0,36%. Foi uma aceleração muito tímida”, afirmou.

Devido à alta demanda, o coordenador alertou que os preços ainda podem aumentar mais nos próximos dias. “A pesquisa não mostra, em definitivo, o que o consumidor vai encontrar para a data. Só medimos o que aconteceu com os preços até março deste ano. Às vésperas, além desse aumento de 15% do pescado fresco já registrado, o preço do peixe pode subir mais porque a demanda fica muito forte.”

Por outro lado, também apontou um equilíbrio nos produtos que estão com o preço em queda, como por exemplo, batata-inglesa, com 47,54%, sardinha em conserva, com retração de 1,98% e a couve, com recuo de 0,18%.

Apesar de os ovos de Páscoa não terem entrado para a lista de itens pesquisados e abordados no levantamento da FGV, o coordenador do IPC prevê uma alta de 10% em seus preços. Para ele, é recomendado que o consumidor faça uma pesquisa antes de ir as compras. “Vale pesquisar preço pela internet, ver nas lojas. Estamos em recessão, tem muita gente desempregada e o mercado está com a tarefa de atrair o consumidor para a loja. E só se atrai o consumidor com promoções”, concluiu.