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Desemprego bate novo recorde e alcança 14 milhões de brasileiros

3 de maio de 2017

A taxa de desemprego no Brasil continuou em trajetória de alta e fechou o primeiro trimestre em 13,7% novo recorde histórico e com contingente de mais de 14 milhões de pessoas sem emprego em meio à dificuldade de a economia dar sinais consistentes de recuperação após dois anos seguidos de recessão.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, nos três meses até fevereiro, a taxa de desemprego estava em 13,2% e, no primeiro trimestre de 2016, em 10,6 por cento. O resultado de março ficou em linha com pesquisa da Reuters junto a economistas.

“Fechamos o trimestre com notícias nada favoráveis para o mercado de trabalho. As pessoas estão tendo que se jogar no mercado em busca da sobrevivência”, destacou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

Ele se referia ao número recorde de 103,123 milhões de pessoas na força de trabalho, ou aqueles que estão disponíveis para trabalhar, aumento de 1,4%sobre o ano anterior.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou ainda que a quantidade de trabalhadores sem emprego no período atingiu 14,176 milhões, 27,8% a mais do que no primeiro trimestre de 2016, ou 3,1 milhões a mais de pessoas sem um posto.

A população ocupada foi a 88,947 milhões de pessoas em março, o nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2012, início do levantamento, após recuo de 1,9% sobre o mesmo período de 2016.

O número de trabalhadores com carteira assinada caiu a 33,406 milhões de pessoas no primeiro trimestre, o menor contingente da série.

O setor que apresentou o maior número de dispensas no período sobre 2016, segundo a Pnad Contínua, foi o de agricultura e pecuária, com 758 mil trabalhadores a menos.

O IBGE informou ainda que a renda média do trabalhador subiu 2,5% no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 2.110,00.