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Vendas no varejo voltam a crescer, com avanço de 1% no mês de abril, diz IBGE

14 de junho de 2017

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nessa terça-feira (13) que em abril deste ano, o comércio varejista nacional apresentou crescimento de 1% em seu volume de vendas e de 1,3% na receita nominal, em comparação ao mês anterior, após ajustes de influências sazonais. Em relação ao volume de vendas, houve compensação de parte da queda de 1,6% acumulada nos dois meses anteriores. 

Assim, a variação da média móvel trimestral ficou praticamente estável, com leve baixa de 0,2%, tanto para o volume quanto para a receita nominal de vendas.

A pesquisa do IBGE também mostrou que no confronto com abril do ano passado e na série sem ajuste nacional, o total do comércio varejista teve alta de 1,9%, acumulando queda de 1,6% nos quatro primeiros meses de 2017, em termos de volume de vendas. O indicador acumulado nos últimos 12 meses recuou 4,6%, menor taxa desde janeiro de 2016, quando decresceu 5,3%. Para a receita nominal de vendas, os mesmos indicadores continuaram com variações positivas de 3,4% frente a abril de 2016, 1,5% no acumulado no ano e de 3,4 % nos últimos 12 meses.

Já o comércio varejista ampliado, que inclui, além do próprio varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, registrou um avanço de 1,5% no volume de vendas e de 2,3% para a receita nominal ante a março deste ano, ambas na série com ajuste sazonal.  Levando em consideração as taxas obtidas em abril de 2016, o varejo ampliado variou negativamente em 0,4% no volume de vendas e positivamente em 0,7% na receita nominal. No que tange às taxas acumuladas, as variações foram de -1,8% no ano e de -6,3% nos últimos 12 meses em relação ao volume de vendas, enquanto que as taxas da receita nominal foram de 0,3% e -0,4%, respectivamente.

Atividades e varejo ampliado

Na transição de março para abril, o crescimento de 1% no comércio varejista foi seguido por três das oito atividades avaliadas. O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, foi apontado como o principal contribuinte, com alta de 0,9% nas vendas, após decréscimo de 6% acumulado nos dois meses anteriores.

As atividades tecidos, vestuário e calçados, com 3,5% e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 10,2%, também apresentaram taxas positivas frente a março.

Por outro lado, houve baixa nas taxas dos seguintes segmentos: livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 4,1%, móveis e eletrodomésticos, com variação negativa de 2,8%, combustíveis e lubrificantes, com queda de 0,8% e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com decréscimo de 0,4%. Já as vendas do setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico permaneceram estáveis, com 0,1%.

O avanço de 1,5% no comércio varejista ampliado em comparação ao resultado do terceiro mês do ano também foi influenciado pelo desempenho de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, mesmo diante dos decréscimos nas vendas de veículos e motos, partes e peças, com -0,3% e material de construção, com -1,9%.  Na comparação com igual abril de 2016, o volume de vendas no comércio varejista avançou 1,9%, o que ocasionou a interrupção em um longo período de queda de 24 meses.

O resultado mensal foi impactado principalmente pelo comportamento de hipermercados, supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo, com 3,5%, resultado de maior contribuição para a taxa global do varejo. Entretanto, apesar do avanço em abril, o setor acumulou nos quatro primeiros meses do ano um recuo de 1% e de 2,4% em 12 meses.

A segunda maior contribuição positiva na taxa global do varejo foi a do segmento de tecidos, vestuário e calçados, que apresentou alta de 10,8% no volume de vendas. É importante lembrar que o setor vem registrando resultados positivos nessa comparação desde fevereiro de 2017, com fortes influências do incentivo a campanhas promocionais, combinado à comparação com a base deprimida de 2016. Desse modo, o indicador acumulado para os primeiros quatro meses do ano subiu 6,3%, enquanto obteve taxa acumulada negativa de 5,9% nos últimos 12 meses.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com 4,5% também se destacou ante a abril do ano passado. Em sentido contrário, decresceram combustíveis e lubrificantes, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e livros jornais, revistas e papelaria, com quedas de 4,2%, 3,2% e 3,2%, respectivamente.

No que se diz respeito ao segmento de combustíveis e lubrificantes, que apresentou baixa de 4,2% no volume de vendas em relação a abril do ano passado, houveram taxas acumuladas com variações de -5,2% para os quatro primeiros meses do ano e de -7,8% ,em 12 meses.

Já o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria recuou 3,2% no volume de vendas em relação a abril de 2016. Embora a comercialização de medicamentos seja de uso contínuo, as taxas acumuladas mantiveram-se negativas em 3 % no ano e de -3,5% para os últimos 12 meses. Enquanto o desempenho do mesmo continuou sendo impactado pela evolução de preços do grupamento de produtos farmacêuticos medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 1 (IPCA1), permanecendo também acima do índice geral de preços.

Unidades da Federação

Ainda na passagem de março para abril, na série com ajuste sazonal, as vendas no varejo apresentaram crescimento em 14 das 27 Unidades da Federação se comparadas com o mês anterior. Os resultados que mais influenciaram o resultado partiram de São Paulo, com 8,2%, Goiás, com 4,1%, Acre, com 3,6%e Amazonas, com 2,6%. Por outro lado, as maiores taxas negativas foram observadas em Tocantins, com baixa de 10,3%, Rondônia , com decréscimo de 2,4% e Sergipe, com queda de 2%.  O Rio de Janeiro permaneceu estável, com  leve baixa de 0,1%.

Se comparado a abril de 2016, o aumento do volume de vendas no varejo alcançou 13 das 27 Unidades da Federação, sendo elas: Santa Catarina, com 24,5% e Amazonas, com 9,9%. Na participação na composição da taxa do comércio varejista o destaque foi de Santa Catarina e São Paulo, com 1,7%.

De acordo com o IBGE, no comércio varejista ampliado cerca de 17 estados variaram negativamente em  seu  volume de vendas, na comparação com o mesmo mês do ano passado. As maiores quedas foram apontadas em Rondônia, com -11%, Goiás, com -10,5% e Piauí, com -9,8%. Na participação na composição da taxa do comércio varejista ampliado, São Paulo foi o destaque, com recuo de 3,1%.