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Samsung apresenta o Galaxy Note 8 para apagar fracasso

23 de agosto de 2017

A fabricante de eletrônicos Samsung apresenta nesta quarta-feira (23), em Nova York, o Galaxy Note 8, um dos celulares mais esperados da história. O smartphone é o primeiro grande lançamento depois o estrondoso fracasso do Note 7, que, por causa de um defeito de fabricação, superaquecia até explodir. Ele foi tirado de linha e causou um prejuízo estimado em 17 bilhões de dólares para a multinacional coreana.

Mesmo assim, a empresa vem mostrando resultados ótimos, principalmente graças à operação de componentes eletrônicos, como chips. No segundo trimestre deste ano, o lucro foi de 12,6 bilhões de dólares, 72% maior que no mesmo período de 2016, igualando o primeiro trimestre deste ano. Obviamente, os números poderiam ser ainda melhores caso o erro do Note 7 não tivesse acontecido – a divisão foi a única que teve um resultado pior, comparado com o ano anterior.

O lançamento é a tentativa da Samsung de se manter como líder no mercado mundial na venda de celulares. No primeiro trimestre de 2017, último dado disponível de acordo com a consultoria Gartner, a empresa se mantinha na ponta com 78 milhões de aparelhos vendidos, três milhões a menos que um ano antes, o que tornou a participação de mercado 3,3% menor, totalizando 20,7% do total.

A Apple aparece em segundo, com 52 milhões de aparelhos vendidos, e é seguida pelas chinesas Huawei, com 34 milhões, Oppo, com 31, e Vivo, com 26 (as duas últimas do mesmo grupo, o BBK Eletronics). As chinesas são o destaque do mercado. No mesmo período do ano passado, elas sequer apareciam no ranking.

O Note 8 não deve ser o mais inovador dos produtos Samsung. De acordo com informações do mercado e com imagens “vazadas”, ele é uma versão maior dos smartphones da linha S8. A maior novidade é o uso de duas câmeras fotográficas na parte traseira, uma tendência do setor que ainda não tinha sido adotada na linha Note. Depois de apresentar novidades que puxaram a fila de inovação do setor nos últimos anos, desta vez é hora de não errar. Tudo que os coreanos não querem é um novo fracasso.