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Indústria sugere menos açúcar em refrigerantes

28 de setembro de 2017

Produtores de bebidas apresentaram essa semana ao Ministério da Saúde uma proposta para redução voluntária do açúcar de refrigerantes, néctares e refrescos em quatro anos. A sugestão é de que cada 100 gramas de bebida tenham limite de 10,6 gramas de açúcar. A proporção média hoje é de 16 gramas. Caso o acordo seja formalizado, pelo menos metade dos produtos terá de alterar a composição.

Formulada pela Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas e pela Associação Brasileira de Indústrias da Alimentação, a proposta surge no momento em que o ministério prepara projeto para elevar a taxação de bebidas açucaradas.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, pediu a sua equipe um projeto sobre isso. Assim que for concluído, será levado para discussão com os demais integrantes do governo. O objetivo é elevar os preços e, com isso, reduzir o consumo de bebidas, em uma estratégia contra a obesidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere adotar táticas como essa. A proposta feita pelas entidades foi considerada bem-vinda pelo ministério. Segundo a pasta, a sugestão será analisada, discutida e deve integrar ampla agenda com a indústria, a ser divulgada em outubro. Mas o ministério avisou que a proposta de acordo voluntário não altera os estudos em análise.

As entidades têm entre associados produtores que respondem por cerca de 90% do mercado. Pela proposta atual, 111 refrigerantes teriam redução de açúcar de 16 para 10,6 gramas a cada 100 gramas. No caso dos néctares, esse limite passaria a ser de 10,7 gramas. Hoje, o valor é de 12,5. A medida afetaria 48 produtos. Já para refrescos, a redução seria de 15 para 10,7 gramas de açúcar, o que também afetaria 48 produtos.