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Inadimplência das empresas cresce 9% em agosto, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

28 de setembro de 2018

O
volume de empresas com contas em atraso e incluídas nos cadastros de inadimplentes
continua crescendo a taxas elevadas. Em agosto de 2018 foi registrado um aumento
de 9%
, ante o mesmo período do ano passado. A alta foi puxada mais uma vez
pela região Sudeste, que subiu 16,31% no número de empresas devedoras. Com
exceção da região Norte, que teve um avanço na quantidade de devedores (1,9%),
as demais também apresentaram aceleração: 4,4% no Sul, 3,2% no Centro-Oeste e
3,1% no Nordeste. Os dados são do Indicador de Inadimplência da Pessoa Jurídica
apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Com
relação ao número de pendências devidas pelas empresas, o crescimento foi de
7,4%. Ao avaliar as dívidas por setor credor, serviços apresentou maior alta:
um crescimento de 9,7% na comparação com o ano passado. Em seguida
aparece a indústrias (5,8%) e o comércio (1,8%). Já o ramo da agricultura foi o
único a ter queda na inadimplência (-1,7%).

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da
Costa, os dados ainda são reflexo das dificuldades econômicas presentes no
cenário brasileiro. “Apesar da economia dar sinais de recuperação e a
inflação ter recuado, há uma considerável distância entre os níveis atuais de
atividade e os que antecedem a crise”, analisa.

Recuperação de Crédito sobe 2,6% em 12 meses e registra maior alta desde
dezembro de 2015

Outro indicador mensurado pela CNDL e pelo SPC Brasil é o de Recuperação de
Crédito, que avalia o processo de quitação das dívidas em atraso. O índice vem
acelerando desde junho, e em agosto, a variação acumulada dos 12 meses
foi de 2,6%
 — maior alta desde dezembro de 2015.

A análise da recuperação de crédito por setor devedor
revela que, do total de empresas que saíram do cadastro de devedores mediante
pagamento, a maior parte (45%) atua no setor de comércio. Além dessas empresas,
41% atuam no setor de serviços e 9% na indústria.