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Cervejas artesanais registram crescimento de 23% entre janeiro e setembro de 2018

14 de novembro de 2018

De acordo com um levantamento feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as marcas de cervejas artesanais cresceram 130% nos últimos cinco anos. Com mais de 170 mil rótulos, o setor avançou 23% entre janeiro e setembro desse ano e já projeta ultrapassar o marco de 1 mil empresas.

De 2014 até 2018, o mercado de cervejas artesanais registrou aumento de 130%. Atualmente existem no mínimo 835 negócios e quase 170 mil produtos. Em 2017, o número de microcervejarias era de 679 e faturamento de R$130 bilhões, de acordo com o Mapa.

Os números apresentados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) reforçam ainda mais como as pequenas cervejarias artesanais estão impactando positivamente na economia brasileira. De janeiro até abril de 2018, empresas menores cujo número de funcionários é de até 99 funcionários, acumularam saldo favorável de 400 vagas disponibilizadas e as maiores geraram 351 oportunidades.

Cervejas com tangerina, chocolate e manga. A ideia parece inusitada, mas foi através dessa ousadia que a cervejaria Dogma de São Paulo conseguiu ser eleita a melhor cervejaria do país duas vezes por um dos portais mais renomados do setor, o RateBeer.

A empresa surgiu em 2015 e foi fundada por três paulistanos que tinham suas próprias marcas de cervejas: Leonardo Satt, Luciano Silva e Bruno Moreno. Além disso, a marca percebeu que conseguiria faturar ainda mais se investisse em embalagens diferenciadas e ilustradas por artistas renomados do setor.

O crescimento foi tão positivo que a marca decidiu investir em agosto de 2017 no seu próprio bar na região da Santa Cecília. “Em um ano já faturamos mais de 1 milhão. Nossa capacidade instalada é de 3.500 litros e nosso faturamento é de R$120 mil por mês”, explica Bruno Moreno, um dos sócios da cervejaria.

O empresário Dante Casarotti até então trabalhava como gerente comercial em uma empresa de equipamentos e máquinas para reciclagem de materiais plásticos. Em 2012, sua esposa resolveu presenteá-lo com um curso de fabricação de cerveja caseira e fez com que ele se apaixonasse pelo processo e iniciasse a produção para seu próprio consumo. “Sempre gostei de cervejas, porém era algo por hobby, não pensava em transformar essa paixão em algo muito sério ou até mesmo uma empresa”, afirma. 

Após 11 anos na empresa, ele resolveu pedir demissão em 2016 para transformar seu hobby em algo sério. Apesar de ter feito o curso e gostar da área, o empresário precisava adquirir ainda mais informações sobre o processo das bebidas e informações que tivessem relação com o processo de produção, embalagem, distribuição e até mesmo marketing. Sendo assim, decidiu viajar com sua esposa para Itália e Estados Unidos e aprimorar seu conhecimento cervejeiro.

Em 2017 então surgiu a Van Been, que já fatura R$30 mil mensalmente em um curto período de existência. A marca é uma homenagem ao sobrenome da família de sua mãe, de origem holandesa. Com característica de empreendedor de sucesso, aprofundou seus estudos sobre a família Van Been e constatou que as aventuras e experiências de vidas de seus antepassados seria uma ótima forma de ilustrar seus produtos. “Para 2018, nosso objetivo é crescer 30%”, finaliza Casarotti.