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As 10 tendências tecnológicas de 2019

23 de julho de 2019

Um levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial elegeu as 10 tendências tecnológicas que têm o potencial de moldar o futuro e transformar, radicalmente, a sociedade e a ordem econômica global. São novidades que devem trazer impactos positivos e, além do caráter disruptivo, atrair a atenção de investidores e pesquisadores. Essas tecnologias devem ser reproduzidas em escala nos próximos 5 anos.

“Da desigualdade de renda à mudança climática, a tecnologia terá um papel fundamental na busca de soluções para todos os desafios que o nosso mundo enfrenta hoje ”, diz Jeremy Jurgens, diretor de tecnologia do Fórum Econômico Mundial. Para ele: “as tecnologias emergentes deste ano demonstram o ritmo acelerado da inovação humana e oferecem um vislumbre de como será um futuro sustentável e inclusivo.”

Veja abaixo a lista completa:

1. Bioplástico

Menos de 15% do plástico do mundo é reciclado. O restante é incinerado, abandonado ou enviado para aterros. Por isso, a tecnologia que utiliza celulose ou lignina produzidos a partir de resíduos vegetais aparece como uma das grandes tendências para o futuro. Ela permite a produção de um material que polui menos o meio ambiente, é mais durável do que os atuais plásticos biodegradáveis e dispensa o uso de culturas que poderiam ser usadas para alimentos.

2. Robô amigo

Os robôs de hoje já conseguem reconhecer vozes, rostos e emoções, além de interpretar padrões e até mesmo fazer contato visual. Assim, a tendência é que os assistentes pessoais se tornem parte da vida cotidiana e sejam cada vez mais usados para cuidar dos idosos, educar as crianças e realizar diferentes tarefas cotidianas.

3. Metalenses

Na busca por tornar as lentes usadas em telefones celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos cada vez menores, a aposta está no desenvolvimento das chamas metalenses, criadas a partir de uma tecnologia que dispensa o vidro e a precisão geométrica para a angulação. No lugar, essas lentes tecnológicas usam microestruturas de quartzo para direcionar a luz para o sensor fotográfico.

4. Tratamento para proteínas desordenadas

As chamadas “proteínas intrinsecamente desordenadas” podem causar câncer e outras doenças. Diferentemente das proteínas tradicionais, elas não tem uma forma rígida e mudam de formato constantemente, o que dificulta o tratamento. Recentemente, cientistas começaram a encontrar uma maneira de impedir essa mudança de forma, ao menos pelo tempo necessário para que o tratamento faça efeito, criando “drogas” que podem transformar o futuro.

5. Fertilizantes ecologicamente corretos

Até agora, os melhores fertilizantes têm a capacidade de, lentamente, liberar nutrientes no solo quando necessário. O problema é que esses produtos ainda contêm amônia, uréia e potássio, que prejudicam o meio ambiente. A tendência para futuro, no entanto, é o desenvolvimento de fertilizantes mais inteligentes, que usam fontes de nitrogênio ecologicamente corretas e microorganismos que melhoram a absorção do nutriente pelas plantas.

6. Telepresença

Uma teleconferência em que você não apenas vê e escuta a pessoa que está em um ambiente distante do seu, mas também consegue sentir o toque do outro. Essa é a telepresença. Uma mistura de realidade aumentada, realidade virtual, redes 5G e sensores avançados que pode fazer com que executivos troquem apertos de mão, mesmo que estejam em cidades diferentes, e que pacientes atendidos remotamente se sintam na mesma sala que o médico.

7. Monitoramento da qualidade de alimentos

Segundo a ONU cerca de 600 milhões de pessoas adoecem a cada ano após ingerir alimentos contaminados, o que equivale a uma em cada 10 pessoas no mundo. O dado prova a importância de monitorar cada ponto da cadeia de suprimentos. Uma tarefa que costumava levar dias ou até semanas, mas agora pode levar minutos. Usando a tecnologia blockchain, é possível monitorar cada etapa do processo de produção e transporte de um item alimentício. Enquanto isso, sensores na embalagem podem indicar quando a comida está prestes a estragar, reduzindo a necessidade de desperdiçar lotes inteiros depois que a data de validade é atingida.

8. Reatores nucleares mais seguros

Embora a produção de energia nuclear não emita dióxido de carbono, os reatores apresentam altos índices de risco. As barras de combustível podem superaquecer e, quando em contato com a água, produzir hidrogênio, e, consequentemente, explodir. Um perigo que pode ser diminuído com a criação de novos combustíveis, com probabilidade muito menor de superaquecer e que, se o fizerem, produzirão pouco ou nenhum hidrogênio.

9. Armazenamento de dados em DNA

Os atuais sistemas de armazenamento de dados não estão dando conta de acompanhar a sempre crescente quantidade de dados que produzimos. Isso sem contar a energia que consomem. Por isso, uma pesquisa inovadora tem chamado atenção. Ela propõe um tipo de armazenamento de dados baseado em DNA. A alternativa consome muito menos energia e pode gerar discos rígidos com capacidades enormes: uma estimativa sugere que todos os dados que o mundo produz durante um ano poderiam ser armazenados em um cubo de DNA medindo apenas 1 m².

10. Armazenamento de energia renovável

A dificuldade de armazenar a energia gerada por fontes renováveis para quando não há sol ou vento deve ser superada pelas baterias de íons de lítio. Prontas para dominar a tecnologia de armazenamento na próxima década, elas permitem guardar até oito horas de energia – tempo suficiente para que a energia gerada pelo sol durante o dia seja consumida no período noturno.