Inadimplência tem grande impacto na economia brasileira
8 de janeiro de 2020
Para 60% dos executivos da área de cobrança do país, a inadimplência é um problema crônico inserido em meio ao consumo da população do Brasil. De acordo com 97% destes profissionais, a questão é muito prejudicial. Os dados fazem parte da pesquisa “Desafios e Tendências do Cenário da Inadimplência no Brasil”, realizada pelo Instituto Locomotiva em parceria com o serviço de cobrança digital Negocia Fácil e a organização CMS, especializada na geração de oportunidades para a indústria de crédito.
37% dos entrevistados consideram a situação um transtorno pontual, motivado pelo atual momento da economia do país. Ainda segundo o levantamento, nove em cada dez executivos consultados avaliam que o país vive uma crise econômica.
Segundo o estudo, a inadimplência tem um alto impacto não só no cotidiano de quem vivencia essa realidade, mas na economia de modo geral. O brasileiro com as contas pagas vive melhor e é mais produtivo.
“A reação da nossa economia devolverá não só o poder de compra às pessoas, mas a sensação de dignidade, o bem-estar”, defende Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
84% dos executivos ouvidos acreditam que os bancos digitais são o futuro do sistema bancário brasileiro. Ainda entre o total de entrevistados, 81% deles disseram que as suas respectivas empresas estão pouco ou nada desenvolvidas em relação à cobrança digital.
“Essa tendência mostra que ter uma opção de cobrança pode destacar uma empresa dos demais e demonstra que ela se importa com seus devedores, ao disponibilizar mais um canal de negociação. Além disso, esses resultados mostram como o consumo tem caminhado cada vez mais para o digital”, avaliou José Moniz, head de Negócios Digitais do Negocia Fácil.
A pesquisa também mostra que 68% das empresas do ramo de crédito já usam um modelo misto de cobrança, envolvendo a modalidade digital e o tradicional. Conforme o levantamento, a metodologia de recuperação digital conta com o maior potencial de sucesso, indicada por 43% dos entrevistados. Outros 41% acham que o uso desse sistema com o convencional deve ser o mais bem-sucedido.
O modelo de recuperação de crédito digital é visto por 65% dos executivos com o maior potencial de desenvolvimento. Para 28%, essa metodologia junto com a tradicional deve se expandir. Só 1% aposta no modelo convencional de cobrança.
