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Como a logística pode ajudar às PMEs a sobreviverem à crise do coronavírus

30 de março de 2020

Nesse período de tanta complexidade das atividades, Juca Oliveira, CEO da B2Log, traz alguns insights para pequenas e médias empresas preservarem suas entregas e, com calma e trabalho, superarem os desafios trazidos pelo coronavírus. “Sem dúvidas estamos passando por uma situação muito delicada, que envolve todas as pontas do negócio. Mas precisamos buscar saídas para o sistema não travar de vez. A primeira delas, no meu ponto de vista, é ocorrer uma união entre governo e empresas a fim de buscar soluções práticas aos pequenos negócios. Afinal, eles representam praticamente 40% dos empregos formais do país”, ressaltou Juca.

Durante sua apresentação no Marketplace Conference Live Edition 2020, ele apresentou um dado interessante levantado por Thomas friedman, colunista do jornal The New York Times. Nele o especialista separou em três partes a capacidade que as PMEs teriam de suportar um problema como esse do coronavírus. Segundo ele, 25% das pequenas empresas suportariam o máximo de 13 dias, ou certa de duas semanas sem dinheiro em caixa. Ao centro do desenho, a média geral (ou maior parte) suportaria até 27 dias. Por fim, outra parte bem pequena viveria até pouco mais de dois meses.

Transportadoras

Entre um conselho e outro, Juca lembrou que é o momento de as pequenas e médias empresas focarem (também) em seu sistema logístico. Para ele, não é recomendado que um PME gerencie mais de 4 transportadoras simultaneamente. Ao invés disso, ele sugere buscar ajuda de parceiros, que ajudem inclusive com o preço. “Os Correios vem perdendo espaço com as transportadoras, mas as PMEs não terão tanta chance de fugir do uso da estatal. Se a empresa estiver em São Paulo, por exemplo, vale buscar transportadoras de SP. Ainda assim, não deixe de buscar os correios como um reforço logístico”, aconselhou.

Serviço de coleta

Agora, segundo o especialista, a mobilidade está muito importante (principalmente diante da falta dela). E, quando uma empresa demanda de poucos recursos, com time enxuto, vale deixar o serviço quem tiver bom capacidade de retiradas. “Não são todos que trabalham bem com serviço de coleta, por isso é bom selecionar que tenha esse tipo de serviço”. Segundo ele, pensar em soluções que deem gestão de frete, status da entrega e suporte, por exemplo, é crucial para o momento. Além disso, é essencial que a empresa de coleta possua um serviço de atendimento bom, como um SAC que funcione — a fim de reduzir custos e problemas com clientes.

Integração logística nas PMEs

Nessa questão, ele ressalta a importância de entender se haverá um grande esforço grande de integração de sistemas. Quanto mais simples, com opção de dashboard intuitivo e controle de arquivos de forma simplificada, melhor.

Coronavírus

Com tudo o que está havendo diante da pandemia de coronavírus, é o momento de focar no que é mais importante para o sistema rodar. “A diferença das empresas está em como nós vamos ajudá-las a superar a crise. É hora de não tomar decisões desesperadas, mas também não perder o ‘time’ de tomar as decisões certas”.

Categorias de PMEs em alta

Nessa semana, segundo o especialista em logística, houve algumas categorias sofreram retração em vendas, como foi o caso de moda. Porém, ocorreu um aumento na demanda de itens mais específicos, como:

  • ferramenta;
  • reforma;
  • produtos de higiene feminina.
Dificuldades na operação do PME

Para Juca, o redespacho está entre as principais dificuldades em relação às PMEs. De acordo com ele, “a dificuldade para isso ocorrer de forma suave é a integração sistêmica. É um sistema SaS que não foi bem desenhado para a operação. Tem os recursos mais primitivos e básicos”. A solução que ele utilizou foi criar uma feature para o PME conseguir fazer a gestão de frete — que ainda não tinha por conta do valor alto da ferramenta.