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Número de MEIs n Brasil chega à marca histórica de 10 milhões de empreendedores; na PB são 137 mil

28 de abril de 2020

O Microempreendedor Individual (MEI), figura jurídica criada há pouco mais de 10 anos e considerada a maior política pública de formalização da economia existente no mundo, alcançou uma nova marca histórica: a empresária baiana, Géssica Cristina, do município de Chorrochó, tornou-se o MEI de número 10 milhões. Na Paraíba, atualmente são 137.725 MEIs cadastrados no Simples Nacional, de acordo com dados da Receita Federal, um número 19% maior que o registrado no mesmo período de 2019, quando eram 115.704. 

O MEI nasceu para incentivar a formalização de pequenos negócios e de trabalhadores autônomos como vendedores, doceiros, manicures, cabeleireiros, eletricistas, entre outros, a um baixo custo. Podem aderir ao programa os negócios que faturam até R$ 81 mil por ano (ou R$ 6,7 mil por mês) e têm no máximo um funcionário. Com a criação dessa figura jurídica, profissionais que trabalhavam de forma autônoma e informal puderam regularizar sua situação, passaram a ter um novo status no mercado e direitos que, em muitos casos, até então estavam fora de sua realidade.

A esteticista paraibana Valéria Medeiros, por exemplo, com o registro como microempreendedora individual pôde ter acesso a uma linha de crédito especial para MEI fruto da parceria entre Caixa Econômica Federal e o Sebrae e, assim, garantir o capital que giro que estava precisando para comprar novos equipamentos e expandir seu negócio. 

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que o MEI deu a milhões de autônomos do país o direito a uma cidadania empresarial. “Com o MEI, esses milhões de brasileiros puderam se tornar empreendedores. Desse modo, o microempreendedor individual tornou-se a maior porta de entrada para a atividade empreendedora no Brasil”, comenta Melles, que foi relator, como deputado federal, do Projeto de Lei que criou o MEI.

Quais as vantagens de ser MEI

O registro de MEI permite ao microempreendedor ter CNPJ, a emissão de notas fiscais, o aluguel de máquinas de cartão e o acesso a empréstimos (com juros mais baratos). Além disso, ele também poderá vender seus produtos, ou serviços, para o governo, além de ter acesso ao apoio técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

No Portal do Empreendedor, há quase 500 atividades listadas que podem ser exercidas por microempreendedores individuais. Entre elas, carreiras mais tradicionais, como cabeleireiros e açougueiros, algumas mais recentes, como “bikeboys”, e outras exóticas, como comerciante de artigos eróticos, de perucas e humorista e contador de histórias.

Ao se cadastrar como MEI, o empresário é enquadrado no Simples Nacional – com tributação simplificada e menor do que as médias e grandes companhias – e fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).

Atualmente, o custo mensal do registro é de R$ 49,90, que pode ser acrescido de R$ 1 se o ramo exercido for comércio ou indústria (ICMS), ou de R$ 5, em ISS, se for do ramo de serviços – totalizando R$ 54,90. Se o negócio envolver essas três atividades (comércio, indústria e serviços), o valor mensal é de R$ 55,90.

Confira alguns dos benefícios do MEI

  • Legalização das atividades desempenhadas
  • Contribuição de valor menor para a Previdência
  • Aposentadoria
  • Auxílio-doença
  • Auxílio-maternidade
  • Realização de empréstimos com taxa de juros reduzida
  • Facilidade na abertura de contas e obtenção de crédito
  • Emissão de notas fiscais
  • Possibilidade de contratação por outras empresas
  • Pagamento simplificado de tributos
  • Redução do número de impostos, com isenção dos federais