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Vendas no varejo continuam em queda; hiper e supermercados crescem

1 de julho de 2020

As vendas do varejo ampliado devem ter uma redução em série de 18,47% em junho e 19,03% em julho, quando comparados com os mesmos períodos do ano anterior, segundo pesquisa “Projeção de Vendas” do IBEVAR – Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo.

Apenas os setores de artigos farmacêuticos e hiper e supermercados devem apresentam crescimento em junho, com 8,02% e 19,18%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2019. Outros segmentos marcam quedas significativas, como livros, jornais, revistas e papelaria, com recuo de 57,94%, seguido pela categoria de veículos, motos, partes e peças, com contração de 49,51%.

O estudo indica ainda redução nas vendas dos ramos de “tecidos, vestuários e calçados” (47,98 p.p.), “outros artigos de uso pessoal e doméstico” (34,59 p.p), equipamentos de escritório (29,47 p.p.), “móveis e eletrodomésticos” (25,66 p.p.), “material de construção” (25,59 p.p.) e “combustíveis e lubrificantes” (19,62 p.p.).

Para o economista e presidente do IBEVAR, Claudio Felisoni de Angelo, a retração nas vendas de produtos não-essenciais é reflexo, principalmente, da crise vivida decorrente do coronavírus (COVID-19). “A pandemia desestabilizou o país e a confiança do consumidor, que se encontra em um momento de incerteza e prefere restringir o orçamento mensal apenas a itens essenciais, como alimentos e medicamentos. Estes dois setores são os únicos que apresentam avanço”, avalia Felisoni.