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Confira 5 perfis de funcionários que devem ser evitados

27 de julho de 2020

Na hora de contratar funcionários, a grande maioria das empresas está atenta a experiências prévias dos candidatos, formação e idiomas. Mas os aspectos comportamentais não são tão fáceis de averiguar – e são eles que acabam sendo lembrados na demissão. Afinal, alguém que faz intrigas, é individualista ou não está disposto a se adaptar a mudanças prejudica o desempenho da empresa.

Identificar esses colaboradores nas organizações é uma missão delicada, porém possível. Quando esses perfis aparecem, o gestor pode ter conversas assertivas e sinceras com o funcionário em questão. “O feedback é crucial. Dá a oportunidade de corrigir a rota antes que qualquer medida drástica seja tomada”, diz Vladmir Stancati, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Festo Brasil. Se o problema for de relacionamento, Claudia Monari, diretora da Divisão Outplacement & Career Planning da RH Career Center, aponta como alternativa prévia ao desligamento a transferência do funcionário para outra área da empresa.

A seguir, veja cinco perfis de funcionários que devem ser evitados nas equipes – seja por meio de mudanças de rota e adequação de comportamento, seja pela demissão.

1. O santo que não bate: muitas demissões se devem a problemas de relacionamento, quando o santo do chefe não bate com o do funcionário. É um azar a que ambos estão sujeitos. “Em situações de corte de gastos, os gestores devem pensar primeiro em demitir os que não conseguem trazer para junto de si”, afirma Claudia. Um funcionário que sempre parte para o embate, com o qual o conflito é latente e que não se esforça para melhorar o relacionamento direto estará na mira do desligamento.

2. O certinho: há funcionários que tecnicamente são excelentes, mas, no momento em que a equipe realmente precisa de apoio, caem fora. São os certinhos no horário de entrada e saída, no tempo de almoço e do café e individualistas no dia a dia. Desempenham suas tarefas de modo correto, mas falta a eles a iniciativa do trabalho em grupo. Em um mundo em que as tarefas são cada vez mais multifuncionais, enclausurar-se em uma única função pode não resultar em sucesso para a empresa. Segundo Stancati, o certinho também pode acabar estimulando atitudes negativas na equipe, levando outros a fechar-se em si e a não estar em harmonia com as demandas e os objetivos da organização.

3. O charlatão: é aquele que tem sempre um discurso de ética para expressar, mas que, na prática, apresenta atitudes questionáveis. “O ‘faça o que eu digo e não faça o que eu faço’ é um mal dentro das organizações, porque, no mínimo, gera desconfiança no ambiente”, diz o professor da FGV.

4. O colaborador que nasceu assim, cresceu assim…: o projeto da empresa fica comprometido com funcionários que não percebem o contexto de mudança. “Trata-se de pessoas que permanecem e não saem de modo algum da zona de conforto. Nasceram assim, cresceram assim e vão ser sempre assim”, afirma Stancati. Representam a antítese do que a organização necessita, que são pessoas antenadas, em busca de inovação.

5. O falso marketeiro: é aquele que compromete as expectativas e as metas do empreendimento ao sair falando sobre trabalhos que não realizou ou expondo os projetos de sua equipe. De acordo com Claudia, o gestor deve ficar atento a esses funcionários que falam muito sem sustentação profissional. Eles tendem a levar o crédito sem terem feito nada, projetando o próprio nome e irritando parte da equipe, que pode até se sentir desestimulada.