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Ministério da Economia registra saldo de 168 mil empresas abertas em julho

12 de agosto de 2020

O Ministério da Economia registrou saldo positivo de 168 mil empresas abertas em julho. O resultado positivo é a diferença entre as 250 mil empresas criadas e as 82 mil empresas extintas no período. A estatística foi publicada nesta terça-feira no Mapa das Empresas do Ministério da Economia.

A maior parte das aberturas são de empresários individuais e microempresários individuais (MEIs), que têm facilidades tributárias e menos burocracia. Só em julho, foram 212 mil, ou seja, 85% do total das empresas abertas no mês são dessas categorias.

Os microempresários individuais são pessoas que tem um pequeno negócio ou trabalham por conta própria com faturamento anual de até R$ 81 mil. Costumam ser profissionais do ramo de serviços, como cabeleireiros e barbeiros.

Os empresários individuais também trabalham por conta própria, mas por serem profissionais mais qualificados, não se encaixam no teto de R$ 81 mil anuais. Eles podem ser, por exemplo, desenvolvedores de software ou designers.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, aponta que a crise e o desemprego causam uma alteração no mercado de trabalho, com mais profissionais trabalhando sem carteira assinada.

— As pessoas estão se reinventando, isso em parte é por conta sim da crise, que levou muita gente ao desemprego, a queda de renda e precisavam se reinventar.

Para os profissionais mais qualificados, Agostini aponta que o crescimento pode ter sido alvo de outro fenômeno, a terceirização.

— Pode ser que muita empresa terceirizou o cidadão. Ele trabalhava na empresa, que mandou para o home office, acabou dispensando e entrando em um acordo e terceirizou. É uma oportunidade que as empresas viram de terceirizar algumas áreas que não precisavam estar dentro das empresas.

O número de aberturas registrado em julho segue a tendência que já estava acontecendo no mês anterior. Em junho, foram abertas 265 mil empresas sendo 227 mil empresários individuais e MEIs. A variação foi de 5,6% para baixo.

Entre as empresas extintas, os empresários individuais e MEIs também são a grande maioria. Das 80 mil empresas que acabaram em julho, 74%, ou 59 mil delas se encaixam nessa categoria.

Nordeste

Alagoas, Rio Grande do Norte e Pernambuco foram os estados que mais registraram crescimento na abertura de negócios no mês, com 19,8%, 12,5% e 11,7%, respectivamente.

O Rio de Janeiro registrou um total de 25 mil empresas abertas em julho, contra 6 mil empresas extintas. O saldo de 19 mil aberturas é parecido com o do mês anterior, quando foram 26 mil empresas abertas contra 6 mil fechadas.

Dividido por atividades econômicas, as áreas que registraram maior crescimento foram a de serviços de apoio administrativo, com 7,5%, e no comércio de vestuário e acessórios, com aumento de 1,6%.

Abertura de empresas

O tempo médio para abertura de empresas está caindo desde o início do ano. Em janeiro, a média era de quatro dias e sete horas, contra três horas em julho. Esse período de espera teve uma variação para cima nos primeiro meses de impacto da crise, como o isolamento social.

O estado que mais demora para abrir uma empresa é a Bahia, com 8 dias e 20 horas. O mais rápido é o Distrito Federal, que registra tempo média de 23 horas. O Rio de Janeiro é o 13º estado mais lento nesse quesito, com média de 2 dias e 12 horas.