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Redução de taxas de juros para setor cafeeiro pode beneficiar investimentos na agricultura

30 de agosto de 2020

O agricultor de café já tem mais u motivo para se empolgar com os
próximos dias de trabalho no campo. Isso porque as taxas de juros com recursos
do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) foram reduzidas. a partir de
agora elas passam de 6% ao ano para 5,25% nas operações de custeio,
comercialização e Financiamento para Aquisição de Café (Fac). Já para
cooperativas, passa de 7,5% para 6,75% para capital de giro, para indústrias e
FAC para demais tomadores.

Outro ponto importante é a remuneração do Funcafé sobre os empréstimos
feitos pelas instituições financeiras, que passam de 3% para 2,25%. Vale dizer
que essas taxas reformuladas já estão em vigor. Afinal, por meio de uma reunião
do Conselho Monetário Nacional, foi aprovada a proposta encaminhada pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A redução foi
linear em 0,75 pontos percentuais, inclusive na remuneração do Fundo.

De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, César Halum, a
iniciativa dialoga com as novas adaptações econômicas do país. “Essa redução,
que foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da Economia Cafeeira (CDPC), vem em
sintonia com o ambiente de redução da taxa básica de juros da economia,
trazendo para os produtores, cooperativas e industrias do café os benefícios
desse novo cenário econômico”, pontua. 

Já o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento, Silvio
Farnese, comentou o impacto dessa novidade no setor. “Esse benefício certamente
contribuirá para o fortalecimento da cadeia do café no Brasil com a oferta de
crédito mais barato”. Importante estar atento que, embora aprovada, os agentes
financeiros que operaram com o Funcafé só vão poder aplicar essa medida quando
for publicada a resolução do Banco Central.

Com a participação de 31 agentes financeiros que assinaram contrato com
o Mapa, para a safra 2020/2021 estão destinados R$ 5,7 bilhões para
financiamento do setor. Esses números devem provocar um clima animador ao
produtor rural que poderá investir em diferentes elementos para sua cultura sem
ter que se preocupar tanto com a verba ou com o preço de roçadeira,
tratores e outros insumos, por exemplo

Aliás, com essa medida é possível que uma série de negócios sejam
aquecidos, como resultado em cadeia. Afinal, existem diversas etapas que fazem
o trabalho no campo necessitar de auxílio. É o caso de uma loja de ferramentas, por exemplo, que fornece o equipamento preciso para o bom
desempenho do maquinário. Outro ponto chave, que pode receber estimulo, é a
contratação de mão de obra, tanto no campo quanto em empresas que assessoram a
área rural.   

É de extrema importância dizer que os agricultores familiares também
terão que lidar com novas medidas. Aprovada pelo CMN, também houve a redução
das taxas de juros dos créditos de custeio e investimento do Pronaf (Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que passa de 4% para
2,75%, para agricultores familiares prejudicados por vendavais,
independentemente da sua atividade produtiva.