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Braskem abre 300 vagas para estudantes e 40% delas não exigem inglês

10 de setembro de 2020

A Braskem vai abrir as inscrições para a nova edição do seu programa de estágio. Esse ano serão mais de 300 vagas para estudantes nos estados da Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

O programa tem diversas novidades para tornar o processo mais leve e interessante, mas principalmente para garantir mais diversidade e inclusão.

“Queremos evoluir cada vez mais, tornando o processo mais remoto e acessível. A pandemia fez a mudança ser mais rápida e justificável”, comenta Fernanda Tognolli, analista de P&O da Braskem.

Com todas as etapas remotas, a área de pessoas também buscou uma solução mais lúdica para a seleção. Uma tendência crescente para os processos de início de carreira, como a Ambev, a empresa também aderiu ao teste de raciocínio lógico em formato de jogo e com menos matemática.

“Era um teste muito antigo e que dava vantagem para quem tinha conhecimento matemático e facilidade em exatas. Não fazia mais sentido e não era possível avaliar o perfil que a gente busca”, explica a analista.

Agora, os jovens precisam responder questões em que demonstrem qual o seu processo de tomada de decisão, valorizando o perfil individual dos candidatos. Na etapa, são apresentadas diferentes situações e devem escolher sua maneira de solucioná-las. “Não tem certo e errado, vamos avaliar os diferentes perfis”, diz.

Outra iniciativa foi retirar a exigência de inglês de 40% das vagas. Para Tognolli e também para Debora Gepp, responsável pelo Programa de Diversidade & Inclusão da Braskem, a mudança é uma vitória para a iniciativa de diversidade.

Segundo Gepp, a empresa viu sucesso em sua estratégia de tornar as vagas mais inclusivas para grupos minorizados e em fazer uma busca ativa por estudantes negros.

Na edição anterior do programa, eles adicionaram na inscrição uma pergunta para os candidatos declararem sua raça. A resposta não estava atrelada a uma cota ou fazia parte da avaliação, mas ajudou o RH a aprender mais sobre a jornada desses candidatos.

Dessa forma, eles conseguiram observar quantos jovens negros estavam atraindo para as vagas e em que fases do processo eles tinham mais dificuldade. No final, a empresa teve 43% de universitários negros inscritos e conseguiram contratá-los em 26% das vagas de estágio.

“A questão racial está diretamente atrelada à questão socioeconômica. Alunos que tiveram menos condições de vida tem menos acesso a alguns conhecimentos exigidos pelo mercado de trabalho”, explica ela.

Para atrair os candidatos, a companhia ainda firmou parcerias com a Cia de Talentos, a consultoria Mais Diversidade e coletivos negros de universidades.

A seleção de currículos continua sendo às cegas, sem informações como idade e faculdade, e com a autodeclaração de raça na inscrição. Depois dos testes e da dinâmica virtual em grupos, a última fase será de entrevistas individuais com líderes de cada área. De acordo com Gepp, todos foram treinados para a seleção ser mais inclusiva e isenta de vieses.

No estágio universitário, são 249 vagas focadas em estudantes cursando a partir do terceiro semestre em cursos como Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comércio Exterior, Comunicação Social, Engenharias, TI, Logística, Biologia, Psicologia, Química e Relações Internacionais.

A seleção também vale para o estágio técnico, com 50 vagas para estudantes a partir do segundo semestre nas áreas de Automação, Automação Industrial, Edificações Elétricas, Eletroeletrônica, Eletromecânica, Eletrônica, Eletrotécnica, Instrumentação, Manutenção, Manutenção Mecânica, Mecânica, Mecatrônica, Metalurgia, Plásticos, Química, Química Industrial, Robótica ou Segurança do Trabalho e Soldagem.