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Descubra como se tornar fornecedor de franquias

16 de setembro de 2020

O Brasil é um dos países com maior número de redes de franquias. São quase 3 mil marcas e 160 mil unidades, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Além das franqueadoras e dos franqueados, o setor tem outro importante agente: os fornecedores. São eles que ajudam a garantir a padronização dos produtos e serviços em cada uma das unidades de uma rede.

Quem deseja ser um fornecedor de franquias pode explorar um mercado amplo, com segmentos e modelos de negócios diferentes. Mas é preciso conhecer bem o seu funcionamento e avaliar a capacidade de atender às suas necessidades. PEGN conversou com Adir Ribeiro, coordenador da comissão de fornecedores da ABF e CEO da Praxis Business, e reuniu algumas dicas de como começar. 

Diferenciais do modelo

Conhecer as características e as dinâmicas do franchising é o primeiro passo para ingressar nesse mercado como um fornecedor. O modelo tem como essência a capacidade de replicar modelos de negócio já testados e bem-sucedidos. O nome da marca é apenas um dos elementos compartilhados.

A franqueadora (ou seja, a dona da marca) transmite aos seus franqueados (donos de unidades) uma série de padrões, que vão do manuseio de produtos ao atendimento. Isso faz com que a escolha de fornecedores seja, em grande parte, centralizada pela franqueadora.

Homologação de fornecedores

Para garantir o atendimento e o padrão entre as unidades, as marcas elegem uma lista de fornecedores homologados. A análise e aprovação deles é feita pela franqueadora, assim como a negociação das condições de compra que deverão ser oferecidas às suas franquias.

Nem todos os fornecedores de uma unidade precisam ser homologados. Em alguns casos, como na compra de itens de hortifrúti, pode ser mais vantajoso permitir que o franqueado recorra a fornecedores locais. Mas, quanto mais essencial for o item ou produto para o “core” do negócio, maior a chance de ele ter seu fornecimento regulado pela franqueadora.

Há casos em que um fornecedor começa atendendo uma unidade e é indicado por seu dono à franqueadora. Mas, se o objetivo é atender à rede, o melhor caminho é iniciar o relacionamento diretamente com a dona da marca. “Busque a franqueadora para entender de que tipo de fornecedor ela precisa”, recomenda Ribeiro.

Capilaridade

Oferecer bons produtos ou serviços é só um dos pilares. É importante que o fornecedor seja capaz de atender às necessidades da marca de acordo com o número e a localização de suas unidades.

Segundo Ribeiro, essa exigência pode variar de acordo com a expansão geográfica da rede. Dada a dimensão do Brasil, pode ser mais viável ter fornecedores diferentes em regiões muito distantes.

Mas, em geral, é mais vantajoso para elas recorrer àqueles com capacidade de atender a toda a rede – e de acompanhar seu crescimento. “É interessante conhecer o plano de negócio da franquia. Boas alianças trazem planos em conjunto.”

Porte não é tudo

Marcas muito grandes tendem a precisar de fornecedores mais robustos – e muitas também fornecem, elas próprias, alguns dos insumos ou produtos necessários para a operação. Mas há um grande espaço para as pequenas empresas nesse mercado.

O importante, segundo Ribeiro, é ter a estrutura necessária para atender e faturar as compras de cada franqueado e cumprir com os compromissos firmados com eles e com a franqueadora.