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Entenda como está o mercado de cervejas no país

19 de novembro de 2020

A falta de cervejas nos supermercados brasileiros nunca foi tão alta. Essa é a conclusão de uma pesquisa divulgada nessa semana pela Neogrid. De acordo com a empresa, a principal bebida alcoólica brasileira, a cerveja, atingiu em outubro 18.92% de ruptura.

O estudo ainda aponta que a falta de cerveja nas festas de final de ano pode se tornar mais uma dificuldade a ser enfrentada pelos brasileiros em 2020. “Todas as cervejarias apresentam falta de produtos no varejo e o nível de ruptura da cerveja nunca foi tão alto como hoje.”, alerta Robson Munhoz, CCO da Neogrid.

Ausência de marcas

A ausência de algumas marcas nas prateleiras já foi notada pelos consumidores. O índice de ruptura que em 2019 era de cerca de 10%, só subiu desde o início da quarentena em março, última vez em que a marca esteve na casa dos 10%. Nos últimos dois meses, foram registrados 17,64% em setembro e 18,92% em outubro, segundo o monitoramento da Neogrid, que acompanha dados de 40 mil varejistas no país.

De acordo com Robson Munhoz, a explicação para a alta ruptura da cerveja está na cadeia produtiva, mais especificamente, no fornecimento de vidro e lata para a confecção das embalagens.  “Não estamos falando em desabastecimento. Há falta de algumas marcas. Se falta embalagem não tem como produzir e vender cerveja no mercado. É importante que a indústria e o varejo estejam compartilhando informações para que os desafios não sejam ainda maiores na cadeia de abastecimento. Senão ninguém ganha o jogo”, diz  o executivo.

Preços no varejo

Se por um lado falta produto em gôndola, por outro, o que tem está mais caro. A Horus Inteligência de Mercado analisou a presença da categoria nos cupons de compras dos shoppers em todo o Brasil. O comparativo entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2020 foi verificado nos canais super, hipermercado e atacarejo. Como resultado, a pesquisa mostrou que depois de apresentar queda de 6,5% na presença da cesta do shopper nos últimos três meses (sendo a mais acentuada entre agosto e setembro) esse cenário foi revertido nos meses seguintes. Entre setembro e outubro, houve aumento de 9,6% na média de itens comprados.

Em relação ao tíquete médio, a categoria de cervejas apresentou alta de 19,3% nos últimos três meses nos canais de compras analisados.

Já o preço também subiu: 12% entre agosto e outubro, com alta acentuada em setembro.