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Organizações se unem para incentivar empreendedores negros

20 de novembro de 2020

Seis mulheres de diferentes organizações se uniram com o objetivo de incentivar empreendedores negros no Brasil e fundaram a coalizão ÉDITODOS. São elas: Adriana Barbosa (PretaHub), Fernanda Leôncio (Afrobussines), Amanda Gomes (Solano), Itála Herta (Vale do Dendê), Jaqueline Fernandes (Afrolatinas) e Tatiana Silva (Fa.vela).

Com vasta experiência no setor, elas conseguiram captar quase R$ 2 milhões para auxiliar o afroempreendedorismo no Brasil.

A ÉDITODOS surgiu em 2017, somando a expertise de cada uma delas e das instituições que representam para incentivar o ecossistema. Os investimentos financeiros começaram neste ano, especialmente para ajudar as empresas que foram afetadas pela pandemia do coronavírus. Juntas, as mulheres criaram uma rede com cerca de mil empreendedores e têm como meta apoiar 500 negócios com até R$ 1,5 mil. Os escolhidos estarão nos territórios de atuação dessas instituições nos estados: Bahia, Brasília, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Cada uma das organizações é responsável pela divulgação e distribuição dos recursos —  que serão direcionados a empreendedores que já tenham participado de projetos e programas oferecidos pelas próprias instituições.

“Além do recurso financeiro, oferecemos ciclos de mentoria, atendimento psicológico, crédito para impulsionamento em rede sociais, crédito de alimentação e crédito para compra de dados”, diz Adriana.

A captação está sendo feita em parceria com o Fundo Baobá, organização social que trabalha com foco na equidade racial, em que os valores arrecadados serão distribuídos em ondas de investimento. A primeira ocorreu em maio deste ano e beneficiou 64 empreendedores em quatro estados.

Entre as empresas que investiram no fundo estão Assaí Atacadista, Fundação Arymax, ICE, Instituto C&A, Itaú-Unibanco, Itaú Social, JP Morgan, Mercado Livre e Semente Oré.

Para Tatiana, da Fa.vela, os principais impactos da ÉDITODOS são na autoestima e no empoderamento de afroempreendedoras, que passam a se reconhecer como pertencentes à área. “O fortalecimento do rico ecossistema moldado por empreendedores periféricos e historicamente vulnerabilizados é também um impacto estratégico, não somente para assegurar a devida visibilidade, mas para comunicar a essencialidade deste ecossistema à economia local”, afirma.

“Acreditamos que esse movimento, é necessário para educar a sociedade no sentido de um lugar mais coletivo e menos individualista. A ÉDITODOS está deixando essa marca no ecossistema do impacto social e tem muito a contribuir nesse setor, além da pandemia e das urgências que enfrentamos atualmente”, diz Amanda.