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Médico explica quando realizar testes para diagnóstico da covid-19

25 de novembro de 2020

Desde o início do ano, a procura pelos testes para detectar a presença da covid-19 passou a fazer parte da realidade de muita gente que, diante de sinais suspeitos da doença, deseja de imediato se submeter aos exames. Essa busca é, inclusive, uma forma de diminuir o medo e a ansiedade diante de um problema de saúde que ainda levanta dúvidas. Mas, cada exame tem o momento certo para ser realizado.

O diretor clínico e técnico do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, José Calixto Filho, explica que a primeira coisa a se observar antes da realização do exame é a quantidade de dias de sintoma. Caso não seja realizado dentro de todos os protocolos, o resultado poderá dar um falso negativo – ou até mesmo positivo. “Essa doença tem uma linha do tempo a ser seguida. Ela tem uma duração de 14 dias e temos que respeitar o tempo de fazer o exame correto”, disse.

Confira abaixo cada um dos exames disponíveis e a indicação:

Swab Nasal (RT-PCR) – É feito colhendo material do nariz e também da garganta do paciente. Existem dois tipos de swab: o antígeno (rápido), que fica pronto em até 20 minutos; e o tradicional, com resultados obtidos em até três dias. A eficácia dos dois exames é a mesma, o que vai determinar o pedido de um ou outro é a urgência pelo resultado.

Ambos são considerados o “padrão ouro”, ou seja, os melhores. Mas, para que deem o resultado correto, devem ser feitos entre o terceiro e o sétimo dias do início dos sintomas. “Este teste vai detectar se a pessoa está contaminada com o vírus e se está transmitindo a doença. Fazer fora da lacuna de tempo correta pode não comprovar a presença da doença. Além disso, tem que ser feito por pessoas treinadas, como é o caso dos profissionais que trabalham nas duas salas de coleta do hospital da Unimed João Pessoa”, explicou José Calixto.

Sorológico – Pode ser feito de duas formas, ambas com análise da amostra do sangue do paciente. O teste rápido é quando são analisadas gotas de sangue obtidas da furada de um dedo. A outra é a sorologia com coleta de sangue da veia. Ambos detectam o IGG (se a pessoa já teve o vírus) ou o IGM (quando o vírus ainda está ativo no organismo). A diferença é que o rápido não informa a quantidade de IGG ou IGM, apenas detecta a presença. “A experiência vem nos mostrando que esse tipo de exame é mais seguro feito após o 14º dia de sintomas. Além disso, ele pode mostrar se a pessoa já tem os anticorpos”, explicou o médico.

Tomografia de tórax – O médico explica que, no início da pandemia, por causa da falta de insumos (testes RT- PCR ou de sangue), o resultado desses exames demorava a sair. Por isso, a tomografia de tórax era usada como “balizadora” para verificar o comprometimento dos pulmões e a possível internação do paciente. “Lembro que a tomografia, em alguns pacientes, pode não apresentar alterações de imagens nas primeiras 48 horas”, alertou.