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Sebrae Paraíba destaca dicas para pequenos negócios renegociarem as dívidas

1 de dezembro de 2020

Marcado por dificuldades e desafios para os pequenos negócios, o ano de 2020 se aproxima das suas últimas semanas, trazendo aos empreendedores uma série de demandas que são típicas do final do ano. Entre essas questões, está o equilíbrio financeiro das empresas, para que elas possam iniciar um novo ciclo com as contas em dia e organizadas. Com o objetivo de auxiliar os empreendedores nesse processo, o Sebrae Paraíba elencou as principais dicas que devem ser levadas em consideração pelos empresários que desejam renegociar as suas dívidas ou empréstimos.

A primeira recomendação está relacionada com a organização. Antes de buscar a renegociação de débitos ou procurar melhores condições para o pagamento de empréstimos, o empreendedor precisa identificar quais são as dívidas que possui. Para isso, o empresário deve reunir todas as informações necessárias de forma organizada, como o nome de cada credor, o valor da prestação, a taxa de juros aplicada e o prazo para quitação. Mapeando as dívidas, é possível visualizar com maior clareza a situação financeira do negócio.

“O empresário deve fazer um levantamento da situação financeira da empresa para poder propor alternativas exequíveis junto às instituições financeiras, fornecedores e outros credores. Para isso, é preciso saber o quanto pode pagar, ou seja, conhecer a real capacidade de pagamento da empresa”, explicou a analista do Sebrae Paraíba, Márcia Timótheo.

Após essa verificação inicial sobre a realidade financeira da empresa, o empreendedor deve identificar e priorizar a renegociação dos débitos que mais impactam o seu negócio. Essa escolha precisa levar em consideração a realidade de cada empresa, uma vez que o empreendedor que paga aluguel, por exemplo, deve priorizar esse pagamento para não correr o risco de ter o negócio interrompido caso seja obrigado a sair do local onde funciona.

Outro ponto a ser considerado é analisar o valor das dívidas. Sempre que possível, o empresário deve começar pagando aquelas de volume mais alto, tendo em vista que, ao longo do tempo, com a incidência de taxas e juros, esses débitos geram um risco maior de inadimplência e insolvência. Uma vez estabelecidos esses critérios, ao buscar a renegociação das dívidas, o empreendedor também precisa analisar com cautela fatores como prazo para quitação, taxas de juros, garantias exigidas e valor das parcelas.

Durante essa análise, uma alternativa que pode ser estudada pelo empresário é a portabilidade das dívidas, ou seja, a transferência delas para outra instituição financeira, que ofereça melhores condições de pagamento. Nesse caso, é importante que o empreendedor analise com cuidado o conteúdo das propostas disponíveis, para não trocar uma dívida por outra ainda maior.

“Ter um bom planejamento financeiro é fundamental para o negócio. Mas, quando a empresa está em dificuldade para cumprir o pagamento das obrigações contraídas, a renegociação de dívidas é, sem dúvida, o melhor caminho. Por essa razão, é importante o empresário tentar entender o cenário em que está inserido, o que o ajudará tanto no cálculo do saldo devedor, quanto na apresentação de uma proposta para a quitação”, acrescentou a analista do Sebrae, ao lembrar que o empresário deve evitar aceitar propostas que não são compatíveis com a sua situação financeira.