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Empresas apostam nos serviços de startups para incorporar novos modelos de negócios e tecnologias

21 de dezembro de 2020

O movimento de grandes corporações de utilizar os serviços de startups em busca de inovação ganhou ainda mais força em 2020, período em que aconteceram muitas mudanças. As empresas viram a urgência de novas soluções e da transformação digital para seus negócios. Dados do Distrito, hub de inovação para startups, mostrou que, entre janeiro e setembro de 2020, o investimento em startups chegou a R$ 12,3 bilhões. Em 2019, o total aportado em todo ano foi de R$ 12,9 bilhões. Além do aumento no investimento, as variações de modelos de trabalho em conjunto e de negócios também têm se  alterado.

A parceria da fintech IOUU com a AES Brasil reforça esse cenário. O setor de energia contará com a tecnologia da startup para precificar o volume e o período do suprimento de energia para as empresas com gastos acima de 40 mil reais mensais que desejam negociar melhores preços e condições de pagamento, reduzindo custos na conta de luz. Além disso, a fintech também proporcionará o financiamento dos custos de adequação para migração de uma empresa de energia para outra, como a construção de estruturas e substituição de equipamentos.

“A proposta é sermos um multicanal, desde o diagnóstico da redução dos custos ao fornecimento de crédito. O cliente contratará a energia dentro da plataforma Energia+, da AES Brasil, onde serão utilizadas nossas tecnologias de modelagem de risco baseado em inteligência artificial e machine learning, além do motor de crédito na oferta do empréstimo”, destaca Bruno Sayão, CEO da IOUU.

A Sinqia, uma das 100 maiores empresas de tecnologia do mundo para o mercado financeiro segundo o IDC FinTech Rankings, acelerou durante o ano sua iniciativa de inovação aberta, colhendo frutos da aproximação com o ecossistema de startups. Por meio do Torq, o hub de inovação da companhia que é dedicado ao desenvolvimento e implementação de soluções para o mercado financeiro,  a empresa se aproximou de mais de 30 startups para alianças estratégicas e já colhe os primeiros cases de integração com as startups: Monkey e Mobile2You.

Neste período, a companhia também fechou uma parceria estratégica com a Darwin Startups, aceleradora responsável pela evolução de mais de 50 startups durante cinco ciclos e eleita três vezes consecutivas (2018, 2019 e 2020) como o melhor programa deste conceito no Brasil pelo Startups Awards, da ABStartups. Da aproximação, renderam a integração de startups como Ibotz, Cashway, DataRuder e OpenBox.AI e tecnologias inovadoras e modelos disruptivos de negócios com foco especial em Open Banking, Integração de APIs, Inteligência Artificial, White Label Banking e BaaS.

E não para por aí. A empresa passou a trabalhar em novas estratégias destinadas tanto a fusões e aquisições (M&A) olhando para tecnologias emergentes quanto em investimentos por meio de Corporate Venture Capital (CVC). “A inovação aberta é uma forma eficiente de conquistar o acesso sobre novas tecnologias e modelos de negócios que trarão diferenciais competitivos inegáveis num futuro cada vez mais integrado.” ressalta Leo Monte, diretor de Inovação da Sinqia.

No Programa de Aceleração Visa essa aproximação com as startups vai além dos cinco meses de duração do Programa. As startups do portfólio podem ficar no radar da Visa para identificação de oportunidades de novos negócios e até possíveis captações com investidores do mercado. Com isso, desde a primeira edição, as startups aceleradas já conseguiram levantar aproximadamente R$ 133 milhões –  e parte desse investimento aconteceu graças as conexões  realizadas com intermédio da Visa. Além disso, 36 negócios foram fechados por meio dessas pontes pós-Programa entre as startups e parceiros, clientes (emissores, credenciadores e estabelecimentos comerciais) e a própria Visa.

Em 2020, o Programa de Aceleração Visa alcançou a marca de 69 startups aceleradas com 37% das startups com negócios, sendo que 53% dos negócios foram com parceiros da Visa, 44% com a própria Visa e 3% entre as próprias startups. Desde que participaram do Programa, 16 startups conseguiram levantar cerca de R$ 133 milhões em investimentos com auxílio direto ou indireto do Programa de Aceleração Visa. Importante destacar que a Visa não tem coparticipação neste montante, além de todas as edições do Programa terem sido equity free.