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Saiba na eficácia e as diferenças entre as vacinas que serão aplicadas no Brasil contra o coronavírus

22 de janeiro de 2021

A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso emergencial das vacinas CoronaVac, desenvolvida em parceiria entre o laboratório chinês Sinovac Biotech e o Instituto Butantan; e a vacina de Oxford-AstraZeneca que será fabricada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Saiba quais as diferenças entre ambas.

CoronaVac

A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech e no Brasil atua em parceria com o Instituto Butantan, que também participou da fase três de pesquisa clínica e será responsável por fabricar o imunizante no país.

Segundo especialistas, uma das vantagens da CoronaVac é sua fácil produção em escala, custo mais baixo e armazenamento mais simples. Ela é desenvolvida a partir do vírus inativado ou enfraquecido, como as vacinas contra febre amarela e sarampo, com o objetivo de “ensinar” ao sistema imunológico a se defender da infecção pelo novo vírus sem ficar doente e desenvolver os sintomas.

São necessárias duas doses, com intervalo de 15 a 21 dias entre elas, para a imunização começar a valer. A eficácia global da CoronaVac está em 50,38%, conforme resultado dos testes clínicos feitos no Brasil com 13 mil voluntários profissionais da saúde, de 16 centros de pesquisa em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. O custo da CoronaVac é de cerca US$ 10 por dose.

Oxford-AstraZeneca

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca é o principal imunizante do programa de vacinação do governo federal brasileiro.

A Fiocruz é responsável pela produção do imunizante no Brasil. Segundo a instituição, as primeiras doses serão entregues ao Ministério da Saúde a partir de 8 de fevereiro. A previsão é entregar 100,4 milhões de doses da vacina até o final do primeiro semestre de 2021. No segundo semestre do ano, a produção passará a ser 100% nacional na Fundação e mais 110 milhões de doses serão entregues ao Ministério da Saúde, totalizando cerca de 210 milhões de doses durante todo este ano. O custo estimado quando a vacina for produzida no Brasil é de R$ 12 a dose.

Assim como a Sinovac, a vacina de Oxford-Astrazeneca também necessita de armazenamento frio, entre 2ºC e 8ºC, mas ela funciona por meio do vírus modificado geneticamente – tecnicamente chamado vetor viral – e a eficácia global ficou em 70,4%, com base em estudos feitos em adultos com menos de 55 anos e em três países: Brasil, Reino Unido e África do Sul. Também serão necessárias duas doses para a imunização ter efeito, com intervalo de até três meses – ou 12 semanas – entre elas.

  • AstraZeneca/Oxford

País: Reino Unido

Eficácia: 70,4%

Fase de testes: fase 3 concluída, com resultado revisado

Pessoas testadas: 11.636 voluntários participaram de análise de eficácia, no Reino Unido e Brasil

  • Coronavac (Sinovac)

País: China

Eficácia: 50,38% (eficácia global); 78% em casos leves; 100% em casos graves e moderados

Fase de testes: fase 3 concluída

Pessoas testadas: 13.000 no Brasil, há também voluntários na China, Indonésia, Turquia, Bangladesh, Filipinas, Arábia Saudita e Chile