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Assentamento rural instala agroindústria de macaxeira a vácuo em Mari

8 de março de 2021

As 85 famílias que vivem no assentamento Zumbi dos Palmares, em Mari, iniciaram há um ano o beneficiamento da macaxeira, com a venda do item descascado e embalado à vácuo. O assentamento chega a colher anualmente 4.250 toneladas da raiz e participa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O cultivo da raiz é viabilizado pelo Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), operado pelo Banco do Nordeste.

O Banco do Nordeste presta assistência financeira desde 2012 ao assentamento, atendendo individualmente produtores que buscam crédito para custeio e aquisição de equipamentos. O gerente do Pronaf que atende a região, Cláudio Cesar de Araújo, explica que a área é favorável à agropecuária e permite a diversificação do cultivo de itens. “Prestamos assistência aos produtores na parte do crédito do Pronaf e, especificamente no assentamento Zumbi dos Palmares, observamos o crescimento das atividades rurais desde a regularização fundiária”, ressalta.

A instalação da agroindústria foi viabilizada pela Cooperativa de Produção Agropecuária do Assentamento (Coopaz). Do total da macaxeira cultivada, 7 toneladas foram beneficiadas para inserção no mercado consumidor, no ano passado. “Nós abastecemos tanto com a macaxeira in natura, como palitada e pré-cozida. Estamos avançando nesse trabalho e vamos ampliar o beneficiamento”, explica o presidente da Coopaz, Damião Guedes Fernandes.

Abastecimento em Mari e Itapororoca

As famílias agricultoras do assentamento Zumbi dos Palmares estão instaladas num terreno de 1,2 mil hectares e também produzem itens de hortifrúti, feijão verde e raízes, além da criação de animais. Em projeto aprovado na Conab, a cooperativa atualmente abastece associações em Mari e em Itapororoca.

Também chamada de aipim ou mandioca, a macaxeira é conhecida pelo teor nutritivo e pela baixa utilização de agrotóxicos no cultivo. O agricultor Damião Guedes explica que vem mantendo contatos para envio da raiz a restaurantes de centros urbanos maiores, como Campina Grande. “Nós aqui pensamos todas as etapas de evolução dessa agroindústria, como produzir, beneficiar, até as formas de chegarmos ao consumidor. Temos boas condições de solo e água e buscamos qualificar o nosso trabalho”, ressalta Damião.