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Cineastas debatem produção exibida no Aruanda e destacam crescente mercado paraibano

12 de dezembro de 2018

O
penúltimo dia dos “Diálogos Audiovisuais Aruanda-Energisa” contou com a
participação de três cineastas com filmes na mostra competitiva do 13º Fest
Aruanda do Audiovisual Brasileiro:  João
Roberto Cintra (Edney), Ricardo Sá (Divina Luz) e Diego Freitas (Distúrbio). A
mediação ficou por conta do curador e diretor artístico do Festival, Amilton
Pinheiro.

João
Roberto Cintra destacou que essas reflexões permitem observar o filme sob
vários pontos de vista. “Alguma coisa que eu fiz no meu filme e não enxergava e
eu acabo me apropriando de outras visões. São nesses espaços de conversa que a
gente consegue estabelecer esses diálogos”, constatou. “Edney”, filme dirigido
por João Roberto Cintra, já participou de outros 13 festivais, e ele se mostrou
surpreso com a qualidade da produção presente no Fest Aruanda, especialmente as
paraibanas. “É um cinema que não dispõe de tantos recursos ainda, mas que é
muito expressivo esteticamente e com uma grande vontade de todo mundo fazer.
Isso me impressionou bastante e o festival só tende a crescer”, disse.

Diego
Freitas atuou na montagem do “Distúrbio”, dirigido por Cláudia Pinheiro. Para
ele, a discussão das obras cinematográficas é um dos momentos mais importantes
e fundamentais do festival. “A obra de arte precisa ser vista e o debate
promove esse complemento de olhar do realizador e a troca experiência com o
público”. “Distúrbio” já está em carreira de festivais nacionais e
internacionais, como o de Caruaru (PE) e o de Los Angeles. Ainda de acordo com
Diego Freitas, o Fest Aruanda está se firmando como um dos festivais mais
importantes do Brasil. “A experiência desse ano está melhor que a do ano
passado e acho que a do ano que vem vai ser melhor ainda. O cinema paraibano
está em ascendência”, afirmou.

Ricardo
Sá, com “Divina Luz”, já participou de outros 30 festivais e está encerrando a
carreira de competições no Fest Aruanda. Essa foi a primeira experiência do
diretor no festival. “O Aruanda leva esse nome muito significativo, muito
interessante, remete a um cinema-referência. É importante esse espaço de
demarcação de território no cinema aqui no Nordeste, aqui em João Pessoa. Pra
mim está sendo uma descoberta”, ressaltou.

Mesa
musical- A segunda mesa reuniu o diretor Pedro Serrano e do produtor Cao
Quintas, do documentário “Adoniran – Meu Nome é João Rubinato”, e da atriz Suzy
Lopes, que integra o elenco do longa “Sol Alegria”, dirigido por Tavinho
Teixeira e Mariah Teixeira – pai e filha. O diálogo foi conduzido pela
pesquisadora e jornalista Maria do Rosário Caetano. “Sol Alegria” integra a
mostra “Sob o Sol Nordestino” e traz no elenco nomes de peso da cena artística
nacional, como Ney Matogrosso, e locais projetados nacionalmente, como Everaldo
Pontes. Suzy Lopes falou sobre essa diversidade do elenco. “Essa relação foi
maravilhosa. Os artistas nacionais convidados são artistas de muita magnitude.
A Paraíba teve muito avanço no audiovisual esse ano; tiveram mais produções,
mas não é só a quantidade, mas a qualidade”, destacou.

Mantando
a característica musical do festival, o primeiro documentário produzido sobre o
cantor, compositor e ator brasileiro Adoniran Barbosa, também faz parte da
mostra competitiva. Pedro Serrano destacou a importância do cinema para o
resgate da memória. “Hoje em dia, com acesso a esses recursos audiovisuais, a
pessoa pode conhecer a história de um personagem como Adoniram Barbosa, sem
precisar ler uma biografia dele. O documentário proporciona isso”,
comentou o diretor.

O
Festival – Até o dia amanhã (12), o 13º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro
conta com uma programação diversificada, com debates, oficinas e exibições de
mais de 30 filmes, todos gratuitos. O evento tem patrocínio master do grupo
Energisa, co-patrocínio do Armazém Paraíba e apoios da UFPB e da CGU. O site
completo é www.festaruanda.com.br e no perfil do Instagram @festaruanda

Veja a programaçao desta quarta-feira
(12), último dia do Fest Aruanda:

09H30 DIÁLOGOS
AUDIOVISUAIS ARUANDA-ENERGISA I

Debate com os
diretores Torquato Joel (Ambiente Familiar) e Leonardo Domingues (Simonal).

Moderadora:
Maria do Rosário Caetano

Local:
Auditório do Hotel Nord Luxxor Cabo Branco

11H DIÁLOGOS
AUDIOVISUAIS ARUANDA-ENERGISA II

Tema: Roberto
Farias: Um Diretor em Ritmo de Aventura; Possibilidades e Limites das
Cinebiografias de Artistas e Gêneros Musicais Brasileiros.

Mesa: Paulo
César de Araújo (pesquisador e escritor) Hélio Pitanga (diretor), Marco
Abujamra (diretor e produtor), Marise Farias (produtora e cineasta) e Fernando
Trevas (professor e pesquisador).

Moderador:
Walter Galvão (jornalista)

Local:
Auditório do Hotel Nord Luxxor Cabo Branco

14H SESSÃO
ESPECIAL: HOMENAGEADOS: DIRETOR ROBERTO FARIAS

Roberto Carlos
em Ritmo de Aventura (FIC, RJ, 1968, 100 min, 12 anos), de Roberto Farias

15H – Master
Class Des-crever o invisível,  com Walter
Carvalho

Local:
Cinépolis – Sala 9 (Manaíra Shopping)

16h30– Sessão
Especial: Energisa – Memória do Cinema Brasileiro

Humberto Mauro
(DOC, RJ, 2018, 90 minutos, livre), com apresentação do diretor André di Mauro

Local:
Cinépolis – Sala 9 (Manaíra Shopping)

20H SOLENIDADE
DE HOMENAGEM

Troféu Aruanda
Roberto Farias – Pela Contribuição e Amor ao Cinema Brasileiro que será
recebido pela cineasta e produtora Marise Farias (filha do homenageado).

Exibição Hors
Concurs do curta-metragem Dá Licença pra Contar, de Pedro Serrano.

Filme de
Encerramento:

Exibição do
longa-metragem: Roberto Carlos a Trezentos Quilômetros Por Hora, de Roberto
Farias

Solenidade de
premiação

Local:
Cinépolis – Sala 9 (Manaíra Shopping)