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Como fazer um intercâmbio voluntário no Peru mudou minha visão de mundo

17 de setembro de 2020

 

Me
chamo Flaviano Henrique, tenho 21 anos, curso engenharia química na UFPB e hoje
vim falar sobre como o intercâmbio Voluntário Global da AIESEC em João Pessoa
me transformou.

Antes
de falar do programa, não podia deixar de falar sobre a ONG responsável por
todo o intercâmbio: Descobri a AIESEC em 2018 por meio de um evento que eles
estavam realizando na UFPB, e neste dia, alguns intercambistas relataram suas
experiencias, transformações, ações e tudo que acontece nas 6 semanas de intercâmbio. Foi
assim que passei o ano inteiro juntando dinheiro, pois realizar essa empreitada
virou meta, e no fim de 2018 finalmente fechei meu intercâmbio para Lima, Peru.
Os projetos que a AIESEC oferece são atrelados a um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentáveis da ONU, e acabei por escolher o objetivo 4, educação de qualidade.

Quase
um ano depois, no dia 4 de dezembro de 2019, embarquei na maior experiencia da
minha vida com 20 anos, indo sozinho para outro país, passar Natal e Ano Novo
longe da família, mas, o que me esperava era algo inimaginável. Desde
que cheguei no Peru, até meu ultimo dia de intercâmbio, a AIESEC de lá me deu
todo o suporte, desde me levar a minha HOST Family, até explicar o caminho do
meu primeiro dia de trabalho como voluntariado.

A
família que me hospedou era grande, composta por 6 pessoas e eles moravam em um
bairro um pouco afastado do centro de Lima, eram humildes, mas mesmo assim
estavam dispostos a me receber. No contrato eles teriam que me fornecer
voluntariamente 1 alimentação, mas no fim, eles me ofereciam todas, e sem
dúvidas isso foi minha primeira transformação. Ver que determinadas pessoas são
responsáveis pela transformação do meio onde vivem, porque por mais humilde que
a família fosse, eles me receberam e me deram a oportunidade de desenvolver meu
projeto e realizar meu sonho de fazer um intercâmbio.

Meu
projeto era ajudar crianças de uma comunidade a desenvolverem novas habilidades
e aprenderem a descobrir algo em que eram boas. O projeto se chamava RAISE YOUR
VOICE e foi onde passei as semanas imerso totalmente junto com outros 29 jovens
de países distintos, tirando um pouco do nosso tempo para ajudar aquelas
crianças.

Nessa
comunidade tem uma horta, uma quadra e alguns brinquedos, então diariamente
como éramos 30 jovens, nos dividíamos em grupos para realizar atividades
diferentes, desde atividades lúdicas, ensinar algo de português e até mesmo a
aprender a cuidar do meio ambiente e fazer com que a horta servisse para o
consumo da comunidade. Posso
dizer que as vezes pode ser difícil realizar um trabalho voluntario,
principalmente quando nos deparamos em uma realidade tão diferente da nossa,
que algumas vezes pode nos fazer desistir, por ser tão difícil estar em um
lugar que não estamos acostumados. Mas no fim, é tão gratificante que nos
acabamos em lágrimas.

No último
dia de projeto todas as crianças e alguns pais foram se despedir, e saber que
na segunda feita não estaríamos mais lá, nos fez chorar. Todavia o aprendizado
é um ciclo, e assim como havia 30 jovens realizando um projeto naquelas 6
semanas, sabíamos que na outra semana haveria mais 30 jovens ajudando-os
também, e assim por diante aos passar dos anos, e isso nos confortava. Por isso
a importância de realizar um trabalho voluntário, para tentar diminuir essas
diferenças e tornar o mundo daquelas crianças mais feliz e esperançoso.

Além
do mais, a experiência tem outros ganhos, e um deles é sobre fazer amizades.
Foram 30 jovens, de países diferentes e uma coisa em comum: Conhecer o Peru! Combinamos várias viagens próximas juntos, que realizamos nos fins de semana. E
sabe aquele sonho de conhecer Machu Picchu? Então ele se realizou, mas o melhor
ainda foi realizar ao lado de mais 29 jovens! Conhecemos as Ilhas Ballestas, o
Oásis de Huacachina, as linhas de Nazca, a cidade de Cusco, Machu Picchu, Laguna
Humantay, sem falar do Centro Histórico de Lima.

Por
fim, voltamos para casa com o desejo de querer impactar mais. E com a certeza
de quem podemos fazer mais. Uma das principais coisas que absorvi foi: “se
vamos realizar um trabalho voluntário em outro país, ajudando comunidades que
precisam, o que nos impede de fazer isso pela nossa cidade também?” e esse
questionamento nos transforma em seres mais empáticos, solidários e humildes
com as pessoas ao nosso redor, por isso eu digo a todos os meus amigos, FAÇAM
UM INTERCÂMBIO VOLUNTÁRIO!

Se
você, assim como eu, tem esse desejo de impactar outro país, conhecer novas
pessoas e fazer a diferença, acesse: https://podio.com/webforms/24645355/1812971 que o
pessoal da AIESEC entrará em contato!


Flaviano Henrique, membro de intercâmbio para organizações.