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Estrutura e qualidade assistencial da equipe médica garantem segurança na gravidez de quadrigêmeos

29 de setembro de 2020

A gestação é um momento especial e inesquecível na vida da mulher e quando a futura mãe carrega mais de uma vida no ventre a felicidade e os cuidados com a saúde são redobrados. Foi o que aconteceu com o casal Shimeny Lima e Manoel Dantas, que descobriu a gravidez de quadrigêmeos.  Os quatro bebês nasceram no dia 15 de setembro, com saúde, no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, unidade da Unimed João Pessoa referência em procedimentos de alta complexidade.

Para a obstetra Karina Azevedo Bringel, cooperada da Unimed JP e médica de Shimeny, uma gestação de múltiplos tem muitas particularidades e precisa de acompanhamento e estrutura adequadas para manter a saúde da mãe e dos bebês. “É uma gravidez desafiadora, pois aumentam os riscos. Neste caso, nós tivemos que realizar algumas intervenções médicas para chegar às 30 semanas. A cada dia, a equipe cantava vitória”, relembra.

A principal diferença do acompanhamento de uma gravidez normal para a de quatro bebês é que, como essa gestação é mais delicada, as chances de complicações são maiores, assim como a necessidade de cuidados específicos e o acompanhamento médico mais próximo. “A paciente pode ter hipertensão na gestação, diabetes, entrar em trabalho de parto prematuro, além de várias intercorrências”, explica a médica. “No caso de Shimeny, foram 30 dias de internação com acompanhamento multidisciplinar da equipe da Unimed JP, composta por enfermeiros, fisioterapeuta para evitar trombose devido ao tempo deitada, nutricionista, entre outros que a atenderam durante esse período”, detalha.

Caso raro – De acordo com Karina Azevedo Bringel, a incidência de quadrigêmeos é rara, um caso em um milhão, principalmente no caso de Shimeny, que fez apenas indução de ovulação, que consiste na estimulação dos ovários por meio de injeções com hormônio folículo estimulante (FSH), induzindo a ovulação, e permitindo que a fertilização ocorra por uma relação sexual natural. “Foi uma gravidez com alto risco de incorrer em parto prematuro, diabetes e outras patologias. Durante o período ide internação, tivemos que fazer intervenções como cerclagem, que consiste em ‘costurar’ o colo do útero da gestante, inibição de trabalho de parto e realização de corticoides para a maturação do pulmão dos bebês”, explica.

A médica ressalta que os procedimentos foram possíveis devido à estrutura do hospital da Unimed João Pessoa, que conta com UTI adulto, pois uma paciente com quadrigêmeos corre mais riscos de atonia uterina, que é hemorragia pós-parto, além de precisar de sangue. “Pensamos em levá-la logo para o Hospital Alberto Urquiza Wanderley quando teve que se internar, pois além disso ainda há a UTI Neonatal”, diz.

Final feliz – Com 30 semanas de idade gestacional, a bolsa de um dos bebês rompeu e Shimeny entrou em trabalho de parto prematuro. É comum que grávidas de múltiplos entrem em trabalho de parto na 36ª ou 37ª semana, quando em gestações de um só bebê o nascimento acontece por volta da 40ª. “A obstetrícia é desafiadora e, no caso de Shimeny, foi multiplicada por quatro. Todos os bebês nasceram saudáveis, estão estáveis e em UTI neonatal adequada. Vamos ter notícias muito boas de saída deles do hospital para casa para encontrar os outros dois irmãos e formar uma família muito feliz”, afirma.