Filme que abriu Festival Aruanda 2019 representa o Brasil no Oscar 2021
26 de novembro de 2020
O longa “Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, dirigido por Bárbara Paz, foi o escolhido para representar o Brasil no Oscar 2021. O título vai tentar uma vaga entre os cinco indicados à categoria Melhor Filme Internacional.
A atriz e diretora apresentou “Babenco” na última edição do Fest Aruanda, em João Pessoa, na abertura do festival. Este foi o primeiro longa dirigido por ela, e Barbára Paz venceu o Bisato D’Oro, prêmio da crítica independente da 76ª edição do festival veneziano, e também o prêmio de melhor documentário sobre cinema na mostra Venice Classics.
Ele narra os últimos dias de vida do cineasta Hector Babenco, de quem ela ficou viúva em 2016. É um documentário que traz cenas de hospitais, trechos de filmes, imagens caseiras, memórias, reflexões e depoimentos – tudo filmado e gravado com a anuência do cineasta, em épocas distintas dos seus últimos três anos de vida.
O documentário, segundo Bárbara, é uma ode a Babenco e a sua obra. Traça um paralelo entre a arte e o câncer que o vitimou (ou seja, é sobre a vida e a morte do cineasta), em preto e branco, com produção da própria Bárbara, de Myra Babenco e dos irmãos Caio e Fabiano Gullane. O diretor, que nasceu na Argentina e se naturalizou brasileiro, morreu aos 70 anos. Seus filmes mais famosos incluem “Lúcio Flávio, passageiro da agonia” (1977), “Pixote: A lei do mais fraco” (1982), “O beijo da Mulher Aranha” (1985) e “Carandiru” (2003).