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Especialista dá dicas para melhorar comunicação no ambiente corporativo

Especialista em Branding Pessoal alerta que a maneira como falamos e nos mostramos ao mundo pode nos ajudar a ser mais relevantes para o mercado - e para nós mesmos

26 de agosto de 2021

Tudo no nosso ser comunica algo: nossa imagem, nossas expressões, nossas escolhas e, claro, nossas palavras, dizem ao mundo o que pensamos de situações e pessoas, e de como encaramos nossa existência frente ao que se apresenta. Esse “comunicar” afeta, principalmente, como as pessoas de fora nos veem, em especial no trabalho – lugar onde, em geral, nossas relações não são íntimas e os outros não nos conhecem em profundidade. E isso já aparece na prática: segundo uma pesquisa global do LinkedIn, a comunicação se tornou a habilidade mais valorizada pelas empresas durante a pandemia.

“Pessoas sempre se conectam com pessoas. São nossos amigos, colegas de trabalho e familiares que ‘consomem’ a nossa imagem todos os dias, que reconhecem como nos vestimos, como nos comportamos, nossos trejeitos, hábitos, linguagem… E são essas pessoas que determinam o nosso valor (de forma positiva ou negativa), através do que esse conjunto todo representa”, afirma Beatriz Machado, autora do livro “O Subordinado”, que desmistifica a ideia de inferioridade dos trabalhadores sem cargo de liderança e os auxilia a tomar o mando de suas próprias carreiras com ferramentas que estimulam o autoconhecimento. Duas dessas ferramentas são, exatamente, a comunicação verbal e a não-verbal.

Comunicação Verbal

Não é só sobre falar, mas sobre como falar. “O colaborador precisa saber seu valor – aquilo que o torna relevante -, mas, mais importante ainda, saber comunicá-lo de forma clara para o mercado. Em entrevistas de emprego, por exemplo, muitas pessoas se atrapalham na hora de falar de si mesmo. Então, como construir uma reputação em torno do seu valor se a comunicação está travada?”, questiona a especialista.

Por isso, em sua obra, Beatriz destaca alguns passos para “destravar” a comunicação:

Clareza: você precisa saber quem é. Para isso, analise sua história: em quais momentos da sua vida profissional ou pessoal você demonstrou uma habilidade incrível? Para qual problema seus amigos e colegas de trabalho te pedem ajuda? Essas respostas podem indicar os problemas que você resolve e qual valor as pessoas percebem em você.

Coragem: todos temos pontos de vista diferentes e é isso que provoca inovação, criatividade e o crescimento exponencial das organizações. Ser igual aos outros candidatos do processo seletivo, dar a mesma opinião que os seus colegas ou concordar o tempo inteiro com seu chefe não ajuda a concretizar a diversidade no ambiente de trabalho que as organizações tanto querem. Tenha coragem de dizer o que pensa!

Consistência: reputação de competência só se constrói com consistência. Se você já definiu, a partir de sua história, suas habilidades e sua personalidade, além de qual é o problema que você resolve, foque nisso. Envolva-se em projetos, eventos e conversas nas quais você possa contribuir com o seu valor de forma excepcional. Dessa forma, você começa a imprimir o seu DNA profissional e não só você vai saber quem pensa que é, mas as pessoas à sua volta também reconhecerão isso.
Comunicação Não-Verbal

Aqui entram nossas ações e até nosso modo de vestir. As escolhas que fazemos, conscientes ou não, mandam uma mensagem de quem somos. E isso impacta especialmente quem nos vê pela primeira vez. “Quando o indivíduo escolhe as roupas que vai vestir, quando decide compartilhar as séries que tem visto, quando seleciona os emojis preferidos na hora de mandar mensagens, quando escolhe cruzar ou não os braços em uma reunião, tudo isso colabora para formar nossa imagem na mente das outras pessoas – e nossa imagem está em todos os sinais que emitimos, para além da nossa fala”, afirma Beatriz. Por isso, é importante conhecer qual imagem seus colegas e amigos podem ter sobre você no imaginário deles, e se isso está de acordo com a mensagem que, de fato, quer passar.

Tirar fotos de você mesmo no começo e no fim do dia, das coisas que o cercam em seu cotidiano e estar atento a marcas que consome – e a imagem que elas passam – são bons exercícios para entender a imagem que está projetando ao mundo e, a partir desse aprendizado, adaptar sua comunicação não-verbal às suas metas. “Em minha jornada descobri que ter dimensão dos meus pontos a melhorar e estar atenta a qualquer aprendizado que eu pudesse absorver me fez mais resiliente. Essas ferramentas de autoconhecimento estão aí para que você protagonize a sua carreira como colaborador e encontre sua felicidade”, finaliza.